Cíntia Mariano Dias Cabral, de 49 anos, foi presa preventivamente ontem em Realengo, no Rio de Janeiro, acusada de ter envenenado seu enteado adolescente na última semana. A madrasta ainda é suspeita de ter provocado a morte da outra enteada, Fernanda Carvalho Cabral, também por envenenamento. Fernanda, que tinha 22 anos, faleceu em março depois de passar quase duas semanas internada em hospital. Ela passou mal após uma refeição com a família.
Cíntia é casada há seis anos com o pai dos seus enteados, e se conheceram enquanto ele ainda era casado com sua primeira esposa. Ela conviveu com o jovem que acabou sendo envenenado por mais de uma década. Passada a separação do casal, Cíntia e o pai dos jovens começaram a se relacionar.
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Os outros filhos de Cíntia revelaram em depoimento à Polícia que a mãe confessou o crime a eles e “ficou rindo” enquanto servia feijão envenenado com chumbinho para o enteado. O rapaz passou mal logo após a refeição e foi internado com tonteira, língua enrolada, babando e pálido, os mesmos sintomas que tinham acometido sua irmã Fernanda dois meses antes.
Na casa de Cíntia, os agentes apreenderam, na cozinha, um frasco contendo veneno antipulgas. Também foram recolhidos, na lata de lixo, restos do feijão contaminado que teria sido servido por Cíntia ao enteado.
O delegado Flávio Rodrigues, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, disse em entrevista a jornalistas que a investigação concluiu que a madrasta é responsável pelo envenenamento do enteado. Segundo a investigação, o motivo para o crime seria ciúmes do relacionamento do marido com seus filhos naturais. Ele também afirmou não descartar uma exumação do corpo de Fernanda para comprovar o envenenamento.