Os dezesseis policiais militares das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), envolvidos em uma chacina na zona rural de Manaus, tiveram a prisão preventiva convertida para liberdade provisória nesta quarta-feira (8) pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
Após ficarem presos por pouco mais de dez meses, no Batalhão de Guardas da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), os militares aguardarão o julgamento com uso de tornozeleira eletrônica e medidas cautelares.
Na decisão, 14 policiais ficarão à disposição da Justiça por monitoramento eletrônico. Já outros dois envolvidos, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, retirou no dia 4 de novembro a acusação por falta de provas e individualização da conduta dos autores. Eles terão que cumprir “toque de recolher” no período das 18h até às 6h, não poderão exercer suas funções como agentes de segurança, não portar arma de fogo e proibição de contato com os familiares das vítimas.
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Thiago da Silva Almeida, Raphaela Batista da Silva, Raimundo Nonato do Nascimento Torquato, Anderson Junio dos Santos Pimentel, José Vando Carioca Franco, Diego Bestes Bruce, Charlys Mayzanyel da Ressurreição, Tarle Coelho Mendes, Marcos Miller Jordão dos Santos, Stanley Ferreira Cavalcante, Jonan Costa de Sena, Anderson Ferreira de Sousa, Dionathan Sarailton de Oliveira Costa, Maykon Horara Feitoza Monteiro, Charly Mota Fernandes e Everton Souza de Oliveira foram denunciados pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) por homicídio qualificado pelo emprego de recursos que impossibilitaram a defesa das vítimas.
A denúncia foi oferecida no dia 8 de março e assinada pelos promotores de Justiça Armando Gurgel Maia, Clarissa Moraes Brito, Lilian Nara Pinheiro de Almeida e Marcelo de Salles Martins.
A denúncia foi aceita pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri Popular, Fábio Lopes Alfaia. No dia 22 de março de 2023, o TJAM acatou o pedido e os policiais passaram a ser réus por envolvimentos nos assassinatos de Alexandre do Nascimento Melo, 23; Valéria Luciana Pacheco da Silva, 22; Diego Máximo Gemaque, 33; e Lilian Daiane Máximo Gemaque. O quádruplo homicídio ocorreu por volta das 3h, do dia 21 de dezembro de 2022, no ramal Água Branca, no quilômetro 35, da AM-010. As vítimas estavam em um Onix branco de placas QZO-3B24, e foram mortas a tiros.