Daniel Falcão dos Santos, o “Gotinha”, que foi morto durante uma ação do Bope no Complexo da Maré, tornou-se um ícone entre os adeptos e simpatizantes do tráfico.
Gotinha, apontado como guarda-costas de Thiago da Silva Folly, o “TH da Maré”, líder do Terceiro Comando Puro (TCP), viu sua conta no Instagram crescer para mais de 250 mil seguidores, mais do que o dobro do número que tinha em vida.
Ele foi atingido por um tiro na cabeça durante um confronto com o Batalhão de Operações Policiais Especiais no dia 13 de maio, quando ele e “TH da Maré” foram capturados em um esconderijo no Morro do Timbau.
De acordo com a Polícia Militar, ambos reagiram à abordagem e acabaram falecendo. Um terceiro criminoso, conhecido como “Carlin”, também faleceu durante a ação.

Atualizações no perfil de Gotinha
Apesar da morte, o perfil de Gotinha mantém atualizações frequentes, inclusive com anúncios de casas de apostas. Dados sugerem que um irmão estaria gerenciando a conta. Nas redes sociais, admiradores do traficante postam mensagens glorificando sua figura e o considerando uma “lenda do morro”.
No último dia 17 de maio, foi organizada uma carreata seguida de motociata em sua homenagem. O evento, ocorrido na Via B Três, reuniu automóveis de alto padrão e motociclistas. Beatriz, apontada como a namorada de Gotinha, foi uma das responsáveis pela organização.
A controvérsia se intensificou depois que o artista Salvador da Rima, famoso no cenário do rap e funk, compartilhou uma foto ao lado de um muro pichado com os nomes dos três traficantes mortos, provocando críticas e levantando suspeitas de apologia ao crime.
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O corpo de “Gotinha” foi cremado sob intensa comoção, com o caixão vedado devido aos sérios danos sofridos. A polícia continua a observar possíveis manifestações de exaltação a facções criminosas nas plataformas de mídia social.