Nelcir Roza da Costa, 56, e os filhos dela, Marcelo da Costa Vilena, 20, e Vanderlan da Costa Vilena, 36, conhecido como “Van”, foram presos por volta das 8h desta sexta-feira (6), pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. As prisões, realizadas pelas policiais Civil e Militar, ocorreram no conjunto Castanheiras, bairro Colônia Ventura, em Tefé (a 522 quilômetros de Manaus).
Segundo informações do tenente-coronel Pedro Moreira, do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM), a unidade recebeu várias denúncias que uma mulher, identificada como “Nelcir”, e seus filhos “Van”, “Mateus”, “Urumim”, e outros indivíduos da comunidade do Bonfim, no rio Solimões, haviam comprado casas no conjunto Castanheiras para comercializar drogas.
“Com os imóveis localizados em uma área sem acesso para o patrulhamento, por meio de viaturas, os locais próximos ao igarapé do Abial, se tornavam propício para atividade do tráfico no período da enchente, e facilitava a logística do abastecimento das drogas”, explicou.
Diante das denúncias anônimas, policiais civis e militares foram até as residências e conseguiram prender Nelcir e Vanderson. Durante ação policial, as equipes apreenderam três tabletes de pasta base de cocaína, 11 celulares, uma motocicleta, R$ 6 mil e outros objetos sem procedência.
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Moreira informou, ainda, que antes do cerco policial, “Mateus” conseguiu fugir e “Urumim” não foi encontrado. Já Vanderson havia sido preso anteriormente na comunidade do Bonfim pelos crimes de tráfico de drogas e envolvimento na prática de pirataria nos rios da região.
No decorrer da operação, a polícia confirmou que a comunidade do Bonfim possui metade da população indígena, e que Nelcir e seus filhos impõe medo aos moradores para que não denunciasse os seus crimes, com objetivo de traficar livremente e dar apoio aos grupos de piratas de rio – entre eles Vanderson e Marcelo, não indígenas e outros infratores – oriundos de Coari e Tefé.
Operações
Ao menos cinco operações policiais anteriores foram desencadeadas na comunidade do Bonfim, contra o grupo criminoso, porém, Nelcir e Mateus sempre conseguiam escapar. Por ocasião, foram apreendidas drogas, lanchas, armas de fogo e munições.
“Em uma das ações, mais de 100 quilos de pasta base de cocaína apreendida, representa cerca de R$ 2 milhões de drogas no mercado negro. Já o arsenal e a embarcação, mostram a dimensão do poder monetizado da quadrilha formada por Nelcir e seus filhos, que não são agricultores ou simples ribeirinhos, e sim, criminosos perigosos, impondo terror aos moradores e usuários do transporte marítimo”, destacou o tenente-coronel Pedro Moreira.