Na terça (17/12), sete pessoas foram condenadas pela Justiça do Amazonas no caso Djidja Cardoso, incluindo Cleusimar e Ademar Cardoso, a mãe e o irmão da ex-sinhazinha do Boi Garantido. A determinação foi do juiz Celso de Paula, da 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas.
Além de pena de prisão, os condenados terão de pagar quase meio milhão de reais à justiça do estado.
Os condenados são: Cleusimar e Ademar Cardoso, o ex-namorado da vítima, Bruno Roberto, dois comerciantes suspeitos de fornecer cetamina, um coach que se passava por personal da família e uma gerente da rede de salões de beleza da ex-sinhazinha. Cada um dos condenados deve cumprir 10 anos, 11 meses e 8 dias de prisão.
Além disso, a sentença determinou que cada um dos réus pague 1.493 dias-multa. Considerando 1/30 do salário-mínimo atual, de R$ 1.412, cada réu deverá pagar aproximadamente R$ 70.270,53. Somando o valor dos sete réus, o total chega a cerca de R$ 491.893,73.
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Entenda o caso
A morte de Djidja Cardoso em maio desencadeou uma investigação em torno da seita religiosa “Pai, Mãe, Vida”, que promovia o uso indiscriminado da droga cetamina, conhecida por causar alucinações e dependência.
Em junho, o Ministério Público denunciou o grupo por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Na denúncia, Seffair afirmou que Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja, estava no núcleo central do esquema de tráfico de entorpecentes.
Foram condenados:
- Cleusimar Cardoso Rodrigues (mãe de Djidja): condenada por tráfico de drogas e associação para o tráfico – total das penas: 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão;
- Ademar Farias Cardoso Neto (irmão de Djidja): condenado por tráfico de drogas e associação para o tráfico – total das penas: 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão;
- José Máximo Silva de Oliveira (dono de uma clínica veterinária que fornecia a cetamina): condenado por tráfico de drogas e associação para o tráfico – total das penas: 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão;
- Sávio Soares Pereira (sócio de José Máximo na clínica veterinária): condenado por tráfico de drogas e associação para o tráfico – total das penas: 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão;
- Hatus Moraes Silveira (coach que se passava por personal da família de Djidja): condenado por tráfico de drogas e associação pra o tráfico – total das penas: 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão;
- Verônica da Costa Seixas (gerente de uma rede de salões de beleza da família de Djidja): condenada por tráfico de drogas e associação para o tráfico – total das penas: 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão;
- Bruno Roberto da Silva Lima (ex-namorado de Djidja): também condenado por tráfico de drogas e associação para o tráfico – total das penas: 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão.
A decisão ainda cabe recurso. Dos sete condenados, apenas Verônica e Bruno Roberto – que estão em liberdade provisória – poderão recorrer em liberdade. Já os demais, vão cumprir suas penas no regime fechado, conforme a sentença judicial.
Foram absolvidos, por falta de provas, os réus Emicley Araujo Freitas Júnior, ex-funcionário da clínica que fornecia a droga; e Claudiele Santos da Silva e Marlisson Vasconcelos Dantas, ex-funcionários do salão de beleza da ex-sinhazinha.
*Com informações de G1
