Na manhã desta sexta-feira (31/05), a Polícia Civil do Amazonas, por meio do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), deu detalhes sobre a operação que resultou nas prisões de Cleusimar Cardoso Rodrigues, Ademar Farias Cardoso Neto, mãe e irmão, respectivamente, de Djidja Cardoso, além da gerente do salão Belle Femme, Verônica da Costa Seixas, e da maquiadora Claudiele Santos da Silva.
Segundo o delegado Cícero Túlio, antes de Djidja Cardoso ser encontrada morta na última terça-feira (28/5), a polícia já investigava há 40 dias a própria ex-sinhazinha do Boi Garantido, familiares e outros envolvidos, por conta da suposta seita que fazia o uso de ketamina (anestésico com efeitos alucinógenos).
“Ela estava sendo investigada porque fazia parte da seita. Eles injetavam grande dose da droga nas vítimas e depois mantinham relações sexuais, o que caracteriza estupro de vulnerável”, afirmou Cícero.
A polícia informou também que Verônica da Costa, gerente do salão da família, teria enterrado frascos da droga ‘Ketamina’ no quintal da casa.
“No momento das diligencias policias na casa, fomos alertados por pessoas próximas à família que uma das gerentes presas, a Verônica, teria frascos enterrados no quintal a fim de impedir que a polícia tomasse conhecimento sobre a situação dessa droga”, disse o delegado.
🚨Caso Djidja Cardoso
Delegado detalha como foi a operação que levou à prisão de mãe e irmão de ex-sinhazinha
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O delegado alertou que a operação não aconteceria nessa quinta-feira (30/05), mas devido um vazamento de informação dos mandados de prisão e buscas, foi preciso antecipar.
“Eles acabaram tomando conhecimento da existência desse mandado por uma fonte. A a gente não ia deflagrar a operação ontem, mas por conta dessa divulgação da existência dos mandados em desfavor, tivemos que antecipar nossas investigações. No momento, três dos suspeitos que estavam em fuga” contou Túlio.
Durante busca e apreensão na residência, localizada na rua Guapiaçu, no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus, a polícia destacou que a casa cheirava carne em estado de putrefação.
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Segundo as investigações do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), a seita religiosa foi fundada pelo grupo para administrar um esquema de drogas sintéticas psicotrópicas.
O esquema de Ademar e Cleusimar Cardoso, no mercado ilegal cresceu rapidamente, e contou com a administração forçada da droga em seres humanos à condição de dependentes químicos em estágio de “quase morte” sob a justificativa de alcançarem um mundo além dessa terra.
Ademar acreditava ser Jesus na seita, Cleusimar seria Maria, e Djidja, Maria Madalena. Claudiele Santos, Veronica e Marlisson Dantas são mencionados como fornecedores frequentes da droga ketamina, obtida em clínicas veterinárias.
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