A defesa de Gil Romero pediu a anulação da decisão de levar Gil ao júri popular. Ele é acusado de matar Débora da Silva Alves, que estava grávida de 8 meses, em julho no ano passado, no bairro Mauazinho, zona Leste de Manaus.
De acordo com o advogado Vilson Benayon, o juiz James Oliveira dos Santos presidiu a audiência de instrução, no entanto, a pronúncia foi assinada pelo juiz Fábio Lopes Alfaia, o que segundo ele, viola o “princípio do juiz natural”.
Benayon também contesta duas qualificadoras graves que podem aumentar a pena de Gil Romero, que são o motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Segundo o advogado, o juiz se baseou em depoimentos de testemunhas que não presenciaram os fatos.
Gil Romero foi acusado de duplo homicídio qualificado, aborto provocado do bebê de Débora e do filho dele, além de ocultação de cadáver.
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Relembre o caso
Débora da Silva Alves, de 18 anos, desapareceu no dia 29 de julho de 2023 e o corpo dela foi encontrado no dia 03 de agosto do mesmo ano. Ela tinha um relacionamento com Gil Romero e estava grávida de 8 meses.
A vítima foi asfixiada com um pano no pescoço, carbonizada, dentro de um camburão, e teve os pés cortados. O corpo dela só foi encontrado após José Nilson, suspeito de ajudar Gil Romero, confessar o crime.
Romero fugiu para o Pará, mas foi capturado no dia 8 de agosto. Em depoimento à polícia, ele contou que teria queimado o bebê junto com Débora, mas depois mudou a versão e disse que teria jogado o corpo da criança no rio.
No entanto, em novembro, a família de Débora fez uma varredura no local do crime e encontrou a ossada do bebê, que foi confirmado após exames no Instituto Médico Legal (IML).