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Caso Clisia: casa onde amazonense morou em Extrema (MG) é periciada pela PC de São Paulo

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Uma perícia na casa de Edson Fernando Sales Cardoso, de 36 anos, principal suspeito de assassinar a esposa Clisia Lima da Silva, de 35 anos, foi realizada na noite de terça-feira (05/11), por equipes do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil de São Paulo.

A peritagem no imóvel, situado na rua 22 de Maio, bairro Centro, em Extrema (MG), foi solicitada pela Delegacia de Polícia Civil de Piracaia, do interior de São Paulo. As investigações sobre o assassinato são coordenadas pelo delegado Luiz Carlos Ziliotti.

À Rede Onda Digital, o delegado Ziliotti informou que as coletas de evidências dependem de exames de laboratório, e adiantou que Edson Fernando agiu sozinho.

“Por enquanto, não podemos divulgar muita coisa. Mas as investigações apontam que Edson Fernando agiu sozinho mesmo”, explicou a autoridade policial.

Conforme apurou a Rede Onda Digital, Edson Fernando acompanhou a vistoria que teve início por volta das 16h e finalizou por volta das 21h30 (horário de Brasília). Sacolas e até um garrafão de água foram recolhidos do local: provas colhidas são tidas como contundentes. O exame foi realizado com luminol, substância química que reage, por exemplo, na presença de sangue.

Os laudos da causa da morte e da perícia devem sair nos próximos dias. A Delegacia de Polícia Civil de Piracaia tem 30 dias para concluir o inquérito policial, mas pode ser estendido pela mesma quantidade de dias em caso de necessidade.


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Homenagem

Na terça-feira (05/11), Carla Lima, um irmão e amigas estiveram na ponte de onde o corpo de Clisia foi arremessado, numa altura de 20 metros. Flores brancas foram jogadas como forma de homenagear amazonense que foi brutalmente assassinada.

A vítima foi encontrada seminua com mãos e pés amarradas na manhã de 30 de outubro deste ano, na represa da rodovia José Augusto Freire, próximo ao bairro Barrocão, em Piracaia. A identificação do corpo teve colaboração do jornalista da Rede Onda Digital, Josemar Antunes.

Prisão temporária

Após a identificação do corpo de Clisia, natural de Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus), a Polícia Civil do Estado de São Paulo prendeu o engenheiro mecânico Edson Fernando horas depois em Extrema, no sul de Minas Gerais.

Ele estava em casa quando recebeu voz de prisão temporária da equipe policial da Delegacia Seccional de Polícia Civil de Bragança Paulista e, posteriormente, conduzido à delegacia de Piracaia.

Em depoimento, Edson Fernando negou ter praticado o crime. No entanto, ele teria confessado o crime para um dos presos de cela da unidade policial. Em seu relato, ele disse que dava “chumbinho” para Clisia, com quem era casado há três anos.

Defesa

Edson Fernando é assistido pelas advogadas Adriane Macedo e Flávia Aparecida Pacheco, que defendem a ausência de provas suficientes de culpa do investigado em nota à imprensa.

A defesa de Edson Fernando Sales Cardoso reforça que, apesar das informações amplamente divulgadas na mídia, ele permanece, até o momento, na condição de investigado, sendo resguardado pelo princípio constitucional da presunção de inocência, que se aplica a qualquer pessoa até que haja uma decisão judicial definitiva.

Destacamos que a família de Edson tem sido alvo de ataques que ultrapassam os limites da civilidade, incluindo a destruição de bens em sua residência.

A defesa já solicitou a habilitação nos autos para acompanhar de forma rigorosa todos os desdobramentos do caso, mas reforça o pedido de respeito às garantias fundamentais, inclusive à presunção de inocência.

Pedimos que a sociedade e os meios de comunicação tratem o caso com a devida responsabilidade, lembrando que a justiça não pode ser feita com as próprias mãos, mas observando o devido processo legal, respeitando os direitos de todas as partes envolvidas.

Dra. Adriane Macedo
Dra. Flavia Aparecida Pacheco

 

Princípio da Presunção de Inocência

O princípio da presunção de inocência está positivado no Art. 5º, LVII, da Constituição Federal (CF).

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