Ygor Colares, 35, advogado que foi baleado por Jussana Machado, e agredido fisicamente pelo policial civil Raimundo Nonato Machado, afirmou na manhã desta segunda-feira (21), em entrevista a um jornal local, que a funcionária dele, que foi espancada na última sexta-feira (18), já estava sendo perseguida e ameaçada pela mulher e pelo marido, há um tempo.
Segundo Ygor, a Jussana teria se desentendido com a babá por conta de uma acusação de difamação no condomínio. A mulher alegava que a babá, identificada como Cláudia, estaria falando mal dela na área.
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Segundo Igor, a suspeita e o marido dela chegaram a procurar ele, semana antes, e exigiram que ele demitisse a funcionária. Ainda conforme o advogado, ele chegou a conversar com a babá para saber o que havia acontecido, e ela teria negado todas as acusações de Jussana.
O advogado disse que orientou a funcionária a evitar qualquer tipo de contato com o casal para não haver nenhum desentendimento. No entanto, mesmo assim Jussana continuava a agredir verbalmente e ameaçar Cláudia sempre que a encontrava pelo condomínio, inclusive na frente do filho de Ygor, uma criança de apenas 2 anos.
No vídeo, Ygor relata que ele e o casal chegaram a se reunir com o síndico do condomínio por conta da situação e teria ficado acordado entre eles que não haveria nenhum tipo de perseguição entre eles. Contudo, o casal não respeitou o acordo e partiu para cima da babá no momento em que ela estava sozinha no estacionamento do condomínio Life Ponta Negra na última sexta-feira (18).
O advogado estava na varanda do seu apartamento quando percebeu que sua funcionária estava sendo espancada por Jussana e desceu correndo as escadas do apartamento para tentar tirar a babá do local. Porém, assim que se aproximou, foi agarrado e agredido fisicamente pelo policial civil Raimundo Nonato.
Em um determinado momento, Raimundo Nonato deu uma arma de fogo para a mulher. Em seguida, Jussana disparou contra a perna do advogado. Colares conta que a babá recebeu atendimento médico, mas está muito machucada e por isso prefere não dar entrevistas.
Entenda o caso
Uma babá identificada apenas como Cláudia foi espancada na última sexta-feira (18), no estacionamento do condomínio Life Ponta Negra, zona oeste de Manaus, por um casal identificado como Jussana Machado e Raimundo Nonato Machado, investigador da polícia civil do Amazonas.
Jussana Machado teve a prisão temporária expedida no sábado (19), e no final do dia teve a conversão para preventiva. Ainda no sábado, o Ministério Público do Amazonas (MPAM), expediu o mandado de prisão temporária do outro agressor, o policial civil Raimundo Nonato.
No domingo (20), o policial civil teve a prisão temporária convertida em preventiva. No texto que foi enviado ao Ministério Público pela Ordem dos Advogados do Brasil, é pedido que o policial seja exonerado do cargo.
Veja os vídeos do caso: