O carnavalesco, cenógrafo e pesquisador Milton Cunha foi oficialmente agraciado com o título de cidadão parintinense, nesta segunda-feira (23/6), durante sessão solene na Câmara Municipal. A homenagem reconhece sua contribuição histórica à cultura do município, em especial ao Festival Folclórico de Parintins, onde ele atua há décadas como entusiasta, comentarista e estudioso das tradições dos bois-bumbás Caprichoso e Garantido.
A iniciativa da honraria partiu da vereadora Márcia Baranda, vice-presidente da Casa Legislativa, após sugestão de Rossy Amoedo, presidente do Boi Caprichoso, feita durante uma visita de Milton aos galpões da agremiação. Para a parlamentar, o artista é um embaixador natural da cultura parintinense no Brasil e no mundo.
“Milton conecta Parintins ao cenário nacional e internacional. Seu envolvimento com o festival vai além da estética; ele valoriza a essência, os bastidores, e todos os que fazem a festa acontecer”, afirmou Márcia.
A cerimônia contou com a presença do prefeito Mateus Assayag, dos presidentes dos bois Caprichoso e Garantido, além de outras autoridades e representantes da cultura local. Milton recebeu homenagens especiais das duas associações folclóricas, reforçando seu papel de destaque na promoção do festival.

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Atualmente pós-doutorando no Museu Nacional da UFRJ, Milton desenvolve uma pesquisa sobre o Boi de Parintins como símbolo das identidades amazônicas. Ele também é doutor em Letras e tem uma trajetória marcada pelo empenho em dar visibilidade às manifestações culturais populares. Um dos momentos mais lembrados de sua carreira ocorreu em 1994, quando levou artesãos de Parintins para atuarem na escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, no Rio de Janeiro.

Visivelmente emocionado, Milton Cunha agradeceu o reconhecimento:
“Parintins é onde minha alma repousa. Receber esse título é mais do que uma honra — é a confirmação de um vínculo que sempre existiu dentro de mim”, disse.
O título de cidadão parintinense reforça o papel de Milton como uma ponte viva entre o Amazonas e o restante do país, destacando a importância do festival como patrimônio cultural e símbolo da criatividade amazônica.