No editorial anterior da Onda, analisamos os dois blocos que orbitam o PL no Amazonas:
De um lado, os aliados próximos de Bolsonaro, que atuam de forma coordenada e buscam consolidar uma frente coesa. De outro, os parlamentares eleitos na “onda bolsonarista” que, embora carreguem a marca, seguem agendas próprias, isoladas, e nem sempre demonstram com clareza qual caminho pretendem trilhar.
Neste novo editorial, o foco recai sobre dois nomes que se movimentam com intensidade nos bastidores: Maria do Carmo e Alfredo Nascimento.
Recém-filiada ao PL, Maria do Carmo fez o que muitos pré-candidatos sonham: foi a Brasília e conseguiu sua foto ao lado de Jair Bolsonaro. Um clique, um gesto, uma mensagem clara: “Olha aqui, tô com o homem.”
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Mas há um detalhe que a imagem não mostra: na política, colar uma imagem vai muito além de vestir a camisa ou estampar um post.
Maria segue sua pré-campanha agarrada na bandeira do PL, tentando firmar sua posição como nome da direita no estado. Mas a pergunta que paira no ar é: isso basta?
O PL, por si só, representa o bolsonarismo? Ou o eleitorado da direita espera mais do que símbolos — espera postura, discurso e alinhamento real?
Enquanto isso, Alfredo Nascimento joga o seu o xadrez pessoal. Ex-ministro, ex-prefeito, ex-tudo, ele tenta um retorno aos holofotes políticos costurando apoios e “vendendo” uma ideia simples: o PL é Bolsonaro. Bolsonaro é a direita. E ele, Alfredo, é o representante disso no Amazonas. Então… “Quer estar com o Bolsonaro? Vem comigo!”
Mas… será que cola?
Será que o eleitor vê Alfredo como a personificação do bolsonarismo no estado? Ou será que o eleitorado já consegue ver além ?
A verdade é que os movimentos continuam. O tempo corre. E, enquanto isso, muitos políticos ainda tentam grudar suas imagens a Bolsonaro — uns com filiação, outros com foto e outros com discursos. Todos com o mesmo objetivo: falar direto com o eleitorado de direita do Amazonas.
O problema é que, ao que parece, as pessoas estão de olho e só segurar bandeira não basta.