Um vídeo que viralizou na internet mostra uma gigantesca teia com dezenas de aranhas em São Tomé das Letras (MG): As imagens têm despertado curiosidade e até medo entre os internautas.
O vídeo foi gravado em 27 de dezembro, por volta das 18h, horário em que as aranhas saem para tecer as teias. A repercussão alcançou inclusive outros países e, até esta quinta-feira (6/2), a publicação somava 264 mil visualizações e 11,5 mil curtidas.
Veja o vídeo:
Apesar de a cena ser impressionante, não se trata de uma “chuva de aranhas”, mas, sim, de uma “teia coletiva”. Segundo especialistas, este seria um comportamento comum da espécie Parawixia bistriata.
Cláudio Maurício Vieira, coordenador da Divisão de Artrópodes do Instituto Vital Brazil, explica o fenômeno:
“Algumas espécies de aranhas constroem essas teias gigantes, que podem ser usadas de forma coletiva ao longo do ano ou em períodos específicos. Esse comportamento é uma estratégia para capturar grandes quantidades de alimento ou facilitar a reprodução”.
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O comportamento das aranhas
A espécie Parawixia bistriata é comum e inofensiva. Geralmente vive no Cerrado brasileiro, mas também é encontrada na Amazônia, Nordeste e Sudeste do Brasil. Fora do país, há registros na América Central.
O professor Rodrigo Lopes Ferreira, titular do Departamento de Ecologia e Conservação da Universidade Federal de Lavras, explicou que essas aranhas têm comportamento semi-social e esse fenômeno é comum no verão, sob condições de calor e umidade. Ele disse:
“Durante o dia, elas formam uma bolinha de aranhas. À noite, saem e fazem essa teia, fica aquele tanto de aranha no céu, parecendo uma ‘chuva de aranha'”.
Ele também disse que essas aranhas não representam perigo para os humanos.
O vídeo
O vídeo que viralizou na internet foi publicado por Bruna Naomi Faquinelli, de 26 anos. Ela e Bruna Reis de Carvalho, de 38 anos, voltavam do supermercado em São Tomé das Letras quando encontraram a cena próximo ao Instituto Origem, onde moram.
Bruna disse à imprensa:
“Todo ano nessa mesma época elas aparecem, e pra gente é sempre uma alegria vê-las. O que nos impressionou mais nesse ano foi o tamanho e a distância que elas lançaram suas teias de uma árvore pra outra. É muito distante e ficamos “encucadas” como elas conseguem fazer isso”.
Com informações de G1.