Os presos Edilson Pereira Reis e Tony Ricardo Silveira, ambos ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e detidos no Pavilhão 1 da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), considerada de segurança máxima, foram condenados na última sexta (23/2) por associação criminosa pelo juiz Gabriel Medeiros, da 1ª Vara de Presidente Venceslau.
Em 2021, foram apreendidos um barril de cachaça, dez comprimidos Viagra de procedência ignorada, 15 cartões de memória e sete chips contendo pornografia adulta na cela 106, onde os dois estavam presos.
Silveira recebeu uma pena de dez anos e seis meses. Reis foi condenado a 12 anos e três meses — em depoimento em juízo, ele admitiu ser o dono do barril de cachaça, dos comprimidos sem autorizações do Ministério da Saúde e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e dos demais materiais.
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O preso afirmou ao juiz que cada meio litro da cachaça era vendido por até R$ 150, e que ele precisava de 10 kg de açúcar para fazer de oito a dez litros da bebida.
O presidiário ainda alegou ao juiz que “o único meio de ganhar a vida na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau é fazendo cachaça”. Segundo Reis, é com a venda da pinga que ele consegue comprar sabonete, papel higiênico e cadernos.
Em nota, a SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária) informou que a produção clandestina de fermentados alcoólicos por meio de alimentos estragados é combatida com “absoluto rigor” no sistema prisional de São Paulo.
A P2 de Venceslau é um dos mais fortes redutos do PCC no estado de São Paulo, apesar de ter a classificação de segurança máxima. Em sua sentença, o juiz afirmou que Reis e Silveira ainda mantinham na cela uma televisão adaptada clandestinamente para ler cartões de memórias com objetivo de ter acesso às informações da facção para receber e transmitir recados. O juiz também entendeu que Reis vendia os comprimidos de Viagra a outros presos.
*Com informações de UOL
