Daiane dos Santos Farias, de 34 anos, presa há cinco meses por ter cortado o pênis do marido, Gilberto Nogueira de Oliveira, de 39 anos, foi condenada a 4 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão no regime fechado. A sentença foi dada nesta quarta-feira (15/5).
A mulher decepou o órgão sexual do marido e jogou no vaso sanitário e deu a descarga em seguida para evitar o reimplante. O crime ocorre no município de Atibaia, interior de São Paulo.
Ao oferecer a denúncia de Daiane à Justiça, a Ministério Público mudou o crime de “tentativa de homicídio” para “lesão corporal gravíssima”, livrando a cozinheira do Tribunal do Júri, onde geralmente esse tipo de crime tem condenações mais pesadas.
Segundo o jornal O Globo, na hora de calcular a pena, a juíza Roberta Layaun Chiappeta de Moraes Barros, do Fórum de Atibaia, poderia considerar um parâmetro entre 2 e 8 anos. Ela optou pelo menor castigo. Com isso, a pena base de Daiane ficou em 2 anos, 8 meses e 28 dias de reclusão.
Na dosimetria, foram acrescidos alguns agravantes, como meio cruel, motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima, totalizando os 4 anos.
O perdão de Gilberto a Daiane contou a favor da ré. Em depoimento a justiça ele disse:
“A culpa foi toda minha. Eu não poderia ter traído a minha esposa com a minha sobrinha. Ela não merecia isso”, ressaltou Gilberto, em depoimento à Justiça.
O casal havia rompido o relacionamento logo após o crime. Mas os dois voltaram a namorar após a prisão de Daiane.
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O caso
O crime ocorreu no dia 22 de dezembro do ano passado. Daiane planejou uma noite romântica com o companheiro. Alegando que queria algo diferente, a mulher imobiliza os braços do marido na cabeceira da cama, em seguida, pega uma navalha usada para fazer sobrancelhas e realiza a amputação do pênis de Gilberto.
Na sequência, a cozinheira tirou uma foto do órgão sexual do marido e postou no grupo de whatsapp da família dele. Logo depois a mulher jogou o pênis na privada.
Ensanguentado, Gilberto tentou pegar a chave do carro para seguir ao pronto-socorro. Daiane o impediu jogando-as pela janela. A vítima acabou seguindo a pé até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), deixando um rastro de sangue pelo caminho.
Na hora do crime, a mulher justificou que havia feito aquilo para nunca mais ser traída.
Conforme Daiane, ela começou a planejar o crime após descobrir que seu marido havia tido relações sexuais com sua sobrinha de 15 anos, na sua cama e no dia do seu aniversário.