Mais detalhes estão sendo revelados sobre o ataque à Escola Estadual Sapopemba, ocorrido nesta segunda, 23, na zona leste de São Paulo: Uma aluna de 17 anos foi morta a tiros, e outros três alunos ficaram feridos quando alguns estudantes dispararam armas de fogo dentro do colégio.
De acordo com a polícia, a jovem que morreu foi atingida na nuca à queima-roupa enquanto descia uma escada dentro da escola. O autor do disparo foi outro estudante, de 16 anos. Ele usou a arma pertencente ao seu pai, um revólver calibre .38. A polícia afirma que a arma está registrada legalmente.
A cena teria sido gravada por câmera de segurança dentro da escola: as imagens não foram reveladas, mas de acordo com a polícia, é possível ver a garota caindo desacordada degraus abaixo e o autor do disparo deixa o local rapidamente. Uma funcionária da escola encontra a aluna ensanguentada no chão e sai em busca de ajuda.
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O atirador foi detido pela polícia. Ele sofria bullying no colégio e teria avisado sobre o atentado há duas semanas, conforme alunos da unidade relataram ao portal Metrópoles. De acordo com os alunos, os supostos autores eram um aluno gay — o que foi apreendido com a arma —, uma aluna lésbica e outros dois alunos que seriam tímidos e excluídos.
Um dos alunos, que não quis se identificar, afirmou o seguinte:
“Ele era muito zoado aqui na escola. Sofria bullying por ser gay. Duas semanas atrás, ele avisou que iria fazer esse atentado. Ninguém acreditou”.
Outros dois alunos foram baleados e levados para o Hospital Geral de Sapopemba. Um quarto estudante ficou ferido na mão após quebrar uma janela para fugir durante o ataque e já teve alta.
Testemunhas do ataque disseram ter ouvido ao menos cinco disparos dentro da escola. Um dos suspeitos é considerado foragido.
O governo de São Paulo emitiu nota sobre o ataque, na qual diz:
“Nesse momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares”.
O presidente Lula (PT) também se pronunciou publicamente sobre o atentado. Lula participou de solenidade de entrega simultânea de unidades do Minha Casa, Minha Vida em quatro estados brasileiros, nesta manhã, e disse o seguinte por videoconferência:
“O que não queremos é criança com arma, praticando e aprendendo violência. Queremos criança na escola”.