Emanuela Cunha, secretária de Educação de Jacobina, município da Bahia, tornou-se alvo de críticas após suas declarações controversas em uma entrevista concedida à Rádio Jacobina FM, no dia 9 de janeiro. Durante o programa Jornal do Dia, a gestora classificou condições neurodivergentes, como Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e dislexia, como “modismos”.
Ao ser questionada sobre a possibilidade de incluir psicopedagogos nas escolas municipais, Emanuela Cunha afirmou: “A gente vive, infelizmente, de modismos. De tempos em tempos, se enfatiza uma situação. Já se foi a dislexia, TDAH, o autismo. A gente não precisa fazer esse recorte. A pasta não é educação especial, é inclusiva. A educação especial é um braço dessa pasta”.
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As falas repercutiram negativamente entre pais de alunos, educadores e organizações que defendem os direitos das pessoas neurodivergentes. Muitos consideraram as declarações desinformadas e prejudiciais às políticas de inclusão escolar.
Carla Santos, presidente da Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Jacobina, expressou sua indignação: “Classificar condições cientificamente comprovadas como ‘modismos’ demonstra desconhecimento e falta de empatia. Precisamos de uma gestão comprometida com a inclusão, não de retrocessos”.
📌Secretária de educação chama TDAH e dislexia de “modismo” e causa polêmica pic.twitter.com/QTnEi7mAG1
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) January 17, 2025
Emanuela Cunha assumiu o cargo de secretária de Educação em 1º de janeiro deste ano. Sua gestão tem sido marcada por debates sobre a alocação de recursos e a estruturação do ensino municipal, mas as recentes declarações podem prejudicar sua relação com a comunidade escolar e comprometer sua credibilidade à frente da pasta.