Faleceu na noite dessa quarta (9/10) o menino Benjamin Rodrigues Ribeiro, de 7 anos, que teve sua morte cerebral confirmada pelos médicos. Ele e um colega de escola, Ythallo Raphael Rosa, de 6, comeram um bombom envenenado com chumbinho.
O envenenamento aconteceu em 30 de setembro. Os dois meninos deram entrada no mesmo dia na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Del Castilho, na zona norte do Rio. Ythallo não resistiu e morreu naquele dia, enquanto Benjamin permaneceu internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do local.
A única linha de investigação da Polícia Civil é a de que uma mulher se aproximou das crianças numa moto, e ofereceu bombons a elas. Os meninos já tinham saído da escola e estavam a caminho de casa. Segundo o primo de Ythallo, a mulher usava capacete e luvas. O primo não quis o doce, mas Ythallo aceitou e o dividiu com Benjamin.
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O laudo do IML comprovou que os meninos foram envenenados com chumbinho, veneno ilegal cujo uso foi difundido como raticida.
Ainda de acordo com a polícia, imagens de câmeras de segurança na rua já foram analisadas e a mulher e o modelo de moto descritos pelas testemunhas já teriam sido identificados. A identidade da suspeita só será divulgada quando os investigadores tiverem certeza da participação dela no crime, para evitar um possível linchamento.
O enterro de Ythallo foi marcado por protestos. A tia do menino, Michele Tobias, disse à imprensa:
“Acabaram com a vida dele. Por quê, meu Deus? Levaram o nosso menino. Aproveitaram a fome dele para matar. Que mundo é este? Que vida é essa em que nossas crianças não podem nem brincar em paz? Ela matou um anjo, o Ythallo só tinha 6 anos”.
Com informações de UOL/Folha de S. Paulo.