O Centro de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul emitiu nesta sexta (26/01), um alerta após confirmar um caso importado de sarampo no estado. O paciente é um menino de 3 anos que chegou ao município de Rio Grande no dia 27 de dezembro, procedente do Paquistão.
A doença no país asiático é considerada endêmica.
A família do menino chegou ao Brasil em 26 de dezembro e passou pelos aeroportos internacionais de São Paulo e Porto Alegre, finalizando o itinerário via transporte rodoviário até Rio Grande Sul. De acordo com o centro de vigilância, a criança não estava no período de transmissibilidade do sarampo durante o período de deslocamento.
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Em 2 de janeiro, a família procurou atendimento médico numa UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) para a criança, que sentia dor abdominal e febre.
O menino foi transferido para o hospital universitário, onde permaneceu em isolamento. A suspeita inicial era de malária, mas, no dia 4 de janeiro, o paciente apresentou exantema e manchas na pele. Enquanto exames foram realizados para diversas doenças, a sorologia (IgM) para sarampo foi reagente, assim como o teste de Rt-PCR (biologia molecular), confirmando o diagnóstico do menino.
Diante da confirmação, a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, em nota, reforçou a recomendação de aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças a partir de 1 ano e até os 59 anos, conforme calendário nacional de vacinação.
Segundo o órgão, a criança e seus familiares estão bem.
Dados da secretaria indicam que, no Rio Grande do Sul, os últimos registros de sarampo foram feitos em abril de 2020, quando 37 casos foram contabilizados. O estado, segundo a pasta, tem cobertura vacinal contra a doença de 92%. A recomendação do Ministério da Saúde é que a taxa se mantenha em 95%.
O sarampo era uma doença controlada no Brasil até 2016, quando o país recebeu a certificação de eliminação do vírus em território nacional. No ano seguinte, um surto elevou o número de casos e o Brasil perdeu sua certificação. Atualmente o Brasil é considerado um país endêmico para a doença, ou seja, o sarampo circula livremente.
*Com informações de Sul 21 e Agência Brasil