O protetor solar é uma das melhores e mais eficazes maneiras de proteger a pele contra os danos causados pelos raios solares. Seu uso diário é essencial para prevenir o câncer de pele, um dos mais comuns no país.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano são registrados, no Brasil, cerca de 220 mil novos casos da doença, sendo esperados 704 mil novos diagnósticos até 2025.
O filtro solar convencional é bem conhecido e indicado por especialistas, mas ele não é a única maneira de proteger a pele. Nos últimos anos, uma nova solução surgiu no mercado e se popularizou no país: os protetores em cápsulas, que, através do uso oral, prometem atuar na proteção de dentro para fora.
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Silvia Reis Klem, coordenadora do curso de Biomedicina da Faculdade Anhanguera de Taboão da Serra, explica que o filtro solar em cápsula, apesar de ajudar na proteção da pele, não substitui a fotoproteção dos protetores solares em creme ou spray.
“O protetor solar oral aumenta a nossa proteção de dentro para fora, agindo na proteção do DNA das células e diminuindo os efeitos do sol sob a pele, mas não bloqueia os raios solares e seus malefícios 100%”, explica.
A dermatologista Lívia Maria Camargo diz que o protetor solar em cápsula é rico em flavonoides naturais e serve como anti-inflamatório e antioxidante para a pele.
O principal objetivo do produto é fornecer para o organismo esses compostos que são capazes de neutralizar a ação dos radicais livres formados na pele devido à ação dos raios ultravioletas. Esses raios são os responsáveis pela destruição das fibras de colágeno e elastina, o que contribui para o envelhecimento precoce e a formação de rugas.
Portanto, o resultado da ingestão das cápsulas é uma pele mais protegida contra o foto-envelhecimento.
“Pessoas que possuem doenças de pele que podem ser agravadas pela exposição solar como erupção polimorfa à luz, vitiligo e câncer de pele devem usar o produto no dia a dia. Pacientes fototipos mais baixos que são mais sensíveis ao sol, ou que apresentem queimaduras solares (vermelhidão) após exposição e manchas como o melasma também podem ter indicação de uso”, diz a dermatologista.
O ideal, então, segundo os especialistas é que se use o filtro solar na pele e faça a ingestão das cápsulas. Essa combinação irá ajudar de forma mais completa para a prevenção do melasma e do envelhecimento precoce da pele, além de reduzir as chances do desenvolvimento de câncer de pele.
“Além de seu poder antioxidante, o fotoprotetor solar via oral inibe enzimas que degradam o colágeno, o que contribui para a prevenção de rugas e mudanças na textura da pele” acrescenta Klem.