Claudinei Pego da Silva, um dos réus dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, tentou se suicidar no último sábado (9/12), no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Nesta terça, 12/12, o STF (Supremo Tribunal Federal) emitiu nota sobre o ocorrido, afirmando que apesar do ocorrido, a prisão preventiva do réu está mantida, e seu julgamento está marcado.
Segundo o diretor da Papuda, Claudinei tentou se enforcar usando uma camisa, mas foi contido pelos agentes. O preso foi atendido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado ao hospital de São Sebastião. Ele não teria sofrido nenhum ferimento e voltou para a prisão no mesmo dia.
A defesa de Claudinei alega que o cliente tem comorbidades e que, no momento, não há fatos que justifiquem a manutenção da custódia. Por isso, entraram com pedido de revogação da prisão preventiva.
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Porém, na nota publicada hoje, o STF diz que “em nenhum momento foi apontada pela defesa questão de saúde e não há nenhum registro nos autos sobre qualquer comorbidade”. Além disso, ainda constam sobre o réu registros policiais e judiciais, entre eles posse irregular de arma de fogo, ameaça, dano, violência doméstica, que reforçam a decisão de manter a prisão do réu.
O comunicado do STF também informa que a ação contra Claudinei Pego da Silva será julgada entre 15 de dezembro e 5 de fevereiro de 2024, em plenário virtual, e que sua participação nos atos de vandalismo de 8/1 estão bem documentados. A nota diz:
“Há ainda fotos e vídeos do réu durante a invasão da Praça dos Três Poderes, além de relatos de toda a dinâmica criminosa, com o registro, inclusive, da comemoração dos invasores durante o ato”.
Em 20 de novembro, Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, faleceu durante banho de sol na Papuda após um mal súbito. De acordo com a defesa dele, Cleriston sofria de comorbidade cardíaca decorrente da Covid-19 e aguardava decisão do STF sobre seu pedido de liberdade provisória.
Com informações de Metrópoles.