O policial militar, Adriano Damásio Lopes, de 44 anos morreu em um incêndio que atingiu um hotel na Rua Jangadeiros Alagoanos, no bairro da Pajuçara, em Maceió (AL). O PM, que era do Distrito Federal e estava de férias com a família na cidade nordestina, retornaria para Brasília nesta quinta-feira (16/1).
Adriano e a família estavam no quarto 613, no andar em que o fogo começou. No momento do incêndio, ele permaneceu no local para ajudar a salvar outras pessoas. Segundo testemunhas, ele foi encontrado desacordado em um quarto diferente do que estava com a família. Antes de desmaiar, o homem quebrou uma das janelas para que ar circulasse. Após inalar muita fumaça, o PM foi encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.
A família
Adriano passava as férias ao lado da esposa, Estefanie Fernandes, a filha de 9 anos e a sogra, Eliene.
No início do incêndio, logo pela manhã, a mulher dele que é brigadista, sentiu o cheiro da fumaça e ao perceber a gravidade da situação molhou toalhas e colocou sobre a filha e a mãe, e ainda salvou outras duas famílias.
“A gente saiu devagar, mas ele soltou e seguiu reto. Voltou para o quarto. Eu voltei lá cinco vezes, mas só ia para o lado onde achava que ele tinha ido. Retornei para salvar duas famílias”, relatou Estefanie.
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Antes de saber da morte do marido, a brigadista contou à TV Pajuçara, que a sogra estava preocupada com o estado de saúde do filho. “Ela está bem, apenas nervosa e preocupada com a situação dele [Adriano]. Ele teve uma parada cardiorrespiratória, então a situação está complicada. É a segunda vez que a gente vem para Maceió. Estava tudo pronto para irmos embora”, explicou.
As férias planejadas
A viagem de férias que começou na quinta-feira (9/1) foi bastante planejada. Eles foram até Maceió de carro direto do Distrito Federal. “O nosso último dia [ontem] foi maravilhoso, fizemos alguns passeios e fechamos a viagem com chave de ouro”, disse a mãe do PM.
Ela deu detalhes da última noite com a família reunida. Eles jantaram em um local próximo ao hotel, porque queriam dormir cedo, já que teriam que acordar nas primeiras horas da manhã desta quinta (16/1) para voltar para casa. “Coloquei o despertador no celular e fomos dormir. Estávamos os quatro no mesmo quarto”, explicou.
Até o momento, não há informações sobre o velório ou enterro da vítima.