A Polícia Civil de São Paulo registrou como “homicídio culposo” (quando não há intenção de matar) o acidente de helicóptero que resultou nas mortes de quatro pessoas neste início de 2024. As buscas pela aeronave duraram 12 dias e os destroços do helicóptero, junto com os corpos das vítimas, foram encontrados próximos ao município de Paraibuna.
O helicóptero modelo Robinson R44 fazia uma viagem de São Paulo a Ilhabela, no litoral norte do estado, quando desapareceu na véspera do Réveillon. De acordo com a PM, o helicóptero decolou às 13h15 e fez o último contato às 15h10. Além do piloto Cassiano Teodoro, 44 anos; estavam a bordo Luciana Rodzewics, 46; a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20; e Raphael Torres, 41, amigo da família.
O helicóptero chegou a fazer um pouso de emergência numa área de mata, mas depois decolou de novo quando os ocupantes tentaram retornar ao ponto de partida. Isso foi comprovado por fotos, mensagens e um vídeo enviados por Letícia ao seu namorado.
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O piloto é apontado como “autor” no boletim de ocorrência. Cassiano Teodoro tinha um histórico de irregularidades. Ele não tinha licença para operar táxi-aéreo – não se sabe, contudo, se no voo ele prestava esse serviço. Teodoro também chegou a ter sua licença para voar cassada em setembro de 2021, após fugir de uma fiscalização, mas recuperou o documento em outubro de 2023, após fazer cursos.
A defesa dele se pronunciou e disse que a punição nesse caso foi indevida.
A aeronave foi localizada na última sexta-feira (12) pelo helicóptero Águia 24, da PM. Militares desceram de rapel para verificar os destroços. Segundo o delegado Paulo Sérgio Pliz e Campos Mello, os corpos estavam ao lado da aeronave.
A Secretaria de Segurança Pública informou que já foram realizados perícia no local da queda e exames necroscópicos nas vítimas, cujos corpos já foram velados e enterrados no final de semana. As investigações para apurar as razões para o acidente e possíveis responsabilidades continuam.
Com informações de UOL.
