A Polícia Civil de Alagoas está conduzindo uma investigação contra Albino Santos de Lima, 42 anos: Ele está sendo considerado o maior assassino em série (serial killer) da história do estado.
O homem, ex-segurança do sistema prisional do estado e filho de um policial militar aposentado, foi preso, sem resistência, em setembro deste ano. Na semana passada, ele assumiu a autoria de dez homicídios: sete mulheres e três homens. Ele teria cometido os crimes em Maceió, desde o final de 2023.
Albino foi preso após o assassinato de Ana Beatriz, de 13 anos. A jovem foi perseguida e assassinada com um tiro na cabeça, em uma arena de esportes em Maceió. Ela chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.
As primeiras testemunhas surgiram apenas após a divulgação de vídeos de Albino Santos de Lima circulando no bairro onde matou a jovem Ana Beatriz. A polícia fez busca na casa dele e encontrou a arma de fogo usada no crime, uma pistola 380 – que pertence ao pai do assassino – e um celular.
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No celular, os peritos encontraram duas pastas no aparelho: “Odiadas Instagram” e “Mortes especiais”. O perito José Farias informou:
“Fotos das vítimas de homicídio eram colocadas ao lado de um calendário, com a data do fato marcada. Ele também tirava prints de matérias de sites relacionadas aos crimes, e chegou a tirar fotos dentro do cemitério e da lápide de uma das vítimas”.
O delegado Gilson Rego, que apura os crimes, afirmou:
“Ele sempre agia do mesmo jeito, a maiorias das vezes à noite, usando roupas pretas e boné para esconder o rosto. Ele é um predador, um assassino em série, muito frio e calculista”.
De acordo com o assassino, as vítimas faziam parte de uma organização criminosa, o que não foi confirmado pela investigação. Ele se via como um “justiceiro” e sem demonstrar qualquer arrependimento, Albino admitiu que, se não fosse preso, continuaria matando.
Rego também disse:
“Nenhuma delas tem envolvimento com facção criminosa. Identificamos 10 vítimas, três delas eram do sexo masculino e sete mulheres, todas com o perfil muito semelhante, morenas, jovens, geralmente de cabelo cacheado, e dentre elas tinha uma mulher trans também com esse mesmo perfil físico”.
Segundo a coordenadora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Tacyane Ribeiro, Albino Santos de Lima teria alguma obsessão por essas jovens com características físicas semelhantes. Para ela, o homem deve ter sofrido algum tipo de rejeição, por isso teria ceifado a vida delas. Também foram encontradas no celular fotos de possíveis novas vítimas.
Os investigadores não têm dúvidas da autoria dele nos dez homicídios, com base nas provas técnicas obtidas. Porém, o número de vítimas pode ser maior: A polícia reabriu inquéritos antigos de homicídios cometidos entre 2019 e 2020 para apurar a possível autoria e envolvimento de Albino.
*Com informações de Metrópoles e Folha de S. Paulo