A Polícia Civil de Roraima realiza nesta segunda-feira, 30, operação para prender o ex-senador Telmário Mota (Solidariedade-RR), acusado de mandar matar Antônia Araújo de Souza, de 52 anos. Antônia foi morta a tiros no dia 29 de setembro deste ano por dois homens em uma moto que se aproximaram do carro onde ela estava, pertencente a uma parente.
Ela era mãe de uma filha de 18 anos do ex-senador que o acusou, em 2022, de tentar abusar dela sexualmente.
A polícia efetua busca por Telmário em Brasília. Também são alvos de mandados de prisão Harrison Nei Correa Mota, conhecido como Ney Mentira, e Leandro Luiz da Conceição. Ney é suspeito de ter intermediado a contratação de Leandro, apontado como autor dos disparos que mataram Antônia.
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Harrison é sobrinho de Telmário e, segundo as investigações, os dois teriam combinado a morte de Antônia numa reunião numa fazenda. Os investigadores descobriram que a moto usada pelos assassinos no dia do crime foi comprada por Ney, e uma ex-assessora do ex-senador levou a moto para passar por reparos. Depois, ela então teria entregado a moto para os autores do crime em local indicado.
No ano passado, a filha de Telmário acusou o político de ter tocado em suas partes íntimas e tentado arrancar a sua roupa em 14 de agosto, Dia dos Pais. Ela registrou um boletim de ocorrência contra o pai, que negou o assédio. Após a denúncia, o primeiro suplente de Telmário, Marcus Holanda, renunciou à vaga.
Em 2016, o então senador foi denunciado pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal por agressão com base na Lei Maria da Penha. Ele foi denunciado por uma jovem de 19 anos, que o acusou de agredí-la até ela desmaiar. O exame de corpo de delito verificou a existência de lesões na cabeça, boca, orelha, dorso, braço e joelho. O episódio de violência aconteceu no final de 2015.
Telmário foi senador entre fevereiro de 2015 e janeiro de 2023.
