A delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João do Meriti (RJ), encarregada de investigar o caso do estupro de uma mulher grávida e inconsciente durante uma cesariana cometido pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra, afirmou hoje que Bezerra pode ter cometido até 30 estupros semelhantes.
Ela disse:
“São relatos ainda. Precisamos investigar. São 30 já identificadas como possíveis”.
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O estupro, que foi flagrado em vídeo gravado por um celular escondido na sala de cirurgia, foi cometido no Hospital Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Outro hospital onde Bezerra trabalhava, o Hospital Estadual da Mãe de Mesquita, também informou que o anestesista acompanhou mais de 20 cirurgias. A investigação analisa casos em que Bezerra teria usado anestesia ou medicamentos em excesso.
Na quarta-feira (13), o material recolhido na sala de cirurgia do hospital da mulher foi encaminhado para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli. São as gazes usadas para limpar os vestígios do crime, as ampolas do anestésico usado na paciente da cesariana e o celular usado para gravar o flagrante.
Bezerra encontra-se cumprindo prisão preventiva em Bangu 8, em isolamento, por ter sido hostilizado por outros detentos.
Hoje, o governador do Estado, Cláudio Castro, visitou o hospital onde o crime aconteceu.