O policial militar Fabiano Júnior Garcia matou oito pessoas nas cidades de Céu Azul e Toledo, no Paraná, na noite de ontem, e cometeu suicídio em seguida. Dos oito mortos, seis eram familiares de Fabiano, incluindo sua esposa, sua mãe e seus dois filhos.
Ele tinha 37 anos e trabalhava como PM há 12. Segundo a Polícia, ele trabalhou normalmente no seu expediente de ontem, horas antes de cometer os assassinatos. Ele trabalhou até as 19h no 19º batalhão da Polícia Militar de Toledo.
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Após sair do trabalho em Toledo, Fabiano foi ao encontro da esposa, Kassiele Moreira Mendes Garcia, de 28 anos, e da enteada, Amanda Mendes Garcia, de 12 anos, e as matou. Ele e Kassiele eram casados desde 2012. Depois, foi até a casa da mãe e a matou com facadas. Lá, Fabiano matou também seu irmão, com disparos de arma de fogo.
Em seguida, a suspeita é que teria ido até a cidade de Céu Azul, e lá matou os dois filhos, Miguel Augusto da Silva Garcia e Kamili Rafaela da Silva Garcia, de 4 e 9 anos. Eles moravam com a avó materna.
No seu retorno a Toledo, Fabiano ainda matou mais dois jovens aleatórios que estavam passando pela região, de 17 e 19 anos. Por fim, o policial se matou dentro do seu próprio carro.
Nas suas redes sociais, seu último post dá a entender que Fabiano passava por uma fase ruim em sua vida. Em post de 2019, ele aparece junto com a esposa Kassiele em foto de apoio ao Setembro Amarelo, campanha de prevenção ao suicídio.
A Polícia Militar emitiu nota de lamentação sobre o ocorrido. A nota diz:
“O policial militar que prestava serviços no 19º Batalhão em Toledo não tinha histórico de problemas psicológicos e atuava como motorista do coordenador do policiamento da unidade. Desde dezembro de 2020 a região conta com o programa Prumos, que disponibiliza atendimento psicológico aos militares”.