Na segunda-feira (08/01), o major Cesar Augusto Silva, porta-voz do Comando de Aviação da Polícia Militar de São Paulo, expressou otimismo, afirmando que a corporação mantém a esperança de localizar com vida as quatro pessoas desaparecidas desde o dia 31 de dezembro, quando o helicóptero sumiu no litoral norte de São Paulo.
“Nossa crença, de verdade, é que a gente ache essas pessoas ainda com vida. A gente tem ainda essa esperança. O compromisso da Polícia Militar é com a vida”, disse.
O major informou que a parceria entre a Polícia Militar e a Força Aérea Brasileira visa aumentar a eficácia nas buscas. Utilizando duas aeronaves, a PM está empenhada no resgate. O porta-voz apelou à população nas regiões suspeitas de possível pouso de emergência, como no litoral norte e Vale do Paraíba, solicitando colaboração por meio de informações para auxiliar nas investigações.
“Essas informações [enviadas pela população local] são fundamentais. As pessoas da região conhecem melhor a região. Em algumas situações, pousamos com a aeronave para entrevistar as pessoas, fazer uma analise crítica e, a partir dessas informações, fazer uma definição de novas áreas de busca”, comentou.
Augusto acrescenta que a área das buscas é “bastante grande”.
“Não tem como você percorrer toda aquela região de forma sistematizada, porque tem a dificuldade da meteorologia, do terreno. A gente pede para a população que tenha de fato visto, que tenha ouvido barulho ou tenha percebido a presença da aeronave naquele dia, que nos passe para que a gente possa afinar nossa busca.”
O major explica que as características dos voos feitos por helicópteros também dificultam o rastreamento de um possível trajeto feito pelo piloto.
“O voo do helicóptero é muito dinâmico. Então não dá para a gente considerar que o deslocamento tenha sido em linha reta, ainda mais pelas condições meteorológicas do dia e da condição do terreno.”
“Em virtude disso, nós estamos fazendo o sobrevoo naquela região das informações e ampliando. Não significa que naquelas áreas iniciais não possa estar a aeronave. É um ambiente bastante hostil, de mata densa, copa das árvores altas. Essa aeronave pode ter caído, machucado aquela vegetação, e hoje, depois de oito dias, você não consiga mais visualizar até pela angulação da varredura”, destacou.
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Desaparecimento do helicóptero
Na tarde do dia 31/12, o helicóptero Robinson R44 decolou do aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Ilhabela, mas sumiu dos radares. As buscas iniciaram no dia seguinte.
O equipamento era pilotado por Cassiano Tete Teodoro, 44 anos. Também estavam a bordo o empresário Raphael Torres, 41, a amiga dele, Luciana Rodzewics, 46, e a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20.