Foi divulgado pela Polícia Militar do Paraná que o policial Fabiano Júnior Garcia, que matou oito pessoas, incluindo seis familiares na madrugada do dia 15, enviou mensagens em áudio pedindo desculpas a amigos e explicando a situação. A PM confirmou a autenticidade desses áudios.
Nos áudios, Garcia pede desculpas, diz que entrou em depressão e que por isso se afastou da esposa. Ela pediu pelo fim do casamento. Ele também menciona dificuldades financeiras devido a tratamento de saúde da mãe, com o qual não conseguia arcar. Ele disse:
“Família, me desculpa, mas eu não ia conseguir viver sem a Kassiele. Ela já não estava mais suportando o jeito que eu lidar com ela, e ela deu a entender que não fazia mais questão de continuar comigo, então, se é assim, como eu dediquei minha vida a ela… Eu desisti de qualquer outra pessoa, de pular a cerca, para poder dar valor para ela, e tive momentos de depressão e me distanciei dela e ela se acostumou com isso, e agora ela disse que tanto faz. Disse que possivelmente ia separar, se é assim, eu já estava querendo fazer isso mesmo, por causa da situação da minha mãe”.
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Após sair do trabalho em Toledo, PR, Fabiano foi ao encontro da esposa, Kassiele Moreira Mendes Garcia, de 28 anos, e da enteada, Amanda Mendes Garcia, de 12 anos, e as matou. Ele e Kassiele eram casados desde 2012. Depois, foi até a casa da mãe, Irene Garcia, 78, e a matou com facadas. Lá, Fabiano matou também seu irmão, Claudiomiro Garcia, 50, com disparos de arma de fogo.
Em seguida, ele se dirigiu até a cidade de Céu Azul, e lá matou os dois filhos, Miguel Augusto da Silva Garcia e Kamili Rafaela da Silva Garcia, de 4 e 9 anos. Eles moravam com a avó materna.
No seu retorno a Toledo, Fabiano ainda matou mais dois jovens aleatórios que estavam passando pela região, Kaio Felipe Siqueira da Silva, 17, e Luiz Carlos Becker, 19. Por fim, o policial se matou dentro do seu próprio carro.
Segundo a PM, Garcia não demonstrava sinais de que precisava de ajuda psicológica. O Coronel Hudson, comandante-geral da Polícia Militar, acredita que ele já tinha feito um planejamento para cometer os crimes.