A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta a continuidade da prisão preventiva do ex-deputado federal Roberto Jefferson, conforme afirmado pela vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo. Ela argumenta que a internação de Jefferson no Hospital Samaritano Botafogo, no Rio de Janeiro, deve ser mantida.
Roberto Jefferson foi detido em outubro do ano passado e, desde junho, cumpre sua pena em ambiente hospitalar. A defesa do ex-deputado alegou que ele necessitava de cuidados médicos específicos fora do sistema prisional, destacando uma perda de aproximadamente 16 kg durante esse período.
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A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) esclareceu que não possui recursos para fornecer o tratamento adequado ao detento e evidenciou que a transferência de Roberto Jefferson para o hospital particular resultou em melhorias significativas em sua condição. Além disso, a Seap destacou a possibilidade de alta médica para o detido e ressaltou a existência de um hospital próprio destinado ao atendimento médico e tratamento de custodiados. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou então que o ex-deputado federal permanecesse no hospital.
A nova manifestação da PGR se dá, após a defesa de Jefferson que no dia 13 de setembro, apresentou novo pedido argumentando a revogação da prisão preventiva ainda que com a fixação de medidas cautelares alternativas ou, subsidiariamente, a conversão da prisão preventiva em domiciliar.
Prisão
Roberto Jefferson foi detido após um confronto armado com as autoridades durante a tentativa de cumprimento de um mandado de prisão emitido por Moraes. No incidente, o ex-deputado efetuou disparos de fuzil e lançou granadas contra os policiais federais presentes. Ele foi indiciado pela Polícia Federal por quatro tentativas de homicídio e posteriormente se tornou réu no caso.