A Polícia Federal deflagrou, em ação conjunta com a Corregedoria da Receita Federal do Brasil, nesta quarta-feira (6/11), a Operação Entreposto, com o objetivo de desarticular esquema criminoso realizado por grupo de servidores públicos da Receita Federal do Brasil, que se utiliza de seus cargos para desviar e se apropriar de mercadorias aprendidas nas atividades de fiscalização fazendária, com o fim de proceder, posteriormente, a reinserção criminosa de tais bens no mercado informal.
No total, 10 pessoas foram presas, segundo a PF – um auditor fiscal, três analistas tributários e um quinto servidor da Receita Federal, além de quatro empresários e um policial militar (PM). A PF realizou o sequestro de 22 imóveis e 24 veículos, bem como o bloqueio de contas bancárias dos investigados, com valor aproximado de R$ 37 milhões.
As prisões ocorreram em Santa Maria, em Pelotas e em Chapecó, no estado de Santa Catarina (SC).
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Segundo as apurações, servidores fraudavam registros de apreensão, de modo que apenas uma parte dos produtos apreendidos ingressasse de fato ao depósito de mercadorias da Delegacia da RFB em Santa Maria/RS.
A comercialização dessas mercadorias era realizada, em regra, por grupo composto de particulares, o qual repassa os valores das vendas aos agentes públicos mediante comissão. Os particulares, que atuam de forma associada aos servidores públicos, ostentam antecedentes pela prática de crimes de contrabando/descaminho, além de diversas autuações pelo próprio órgão fiscal.