No domingo, 16, uma confusão no Hospital Municipal Francisco da Silva Teles em Irajá, na Zona Norte do Rio do Janeiro, acabou causando a morte de uma idosa de 82 anos que estava internada nas instalações. Arlene Marques da Silva morreu depois de sofrer uma parada cardiorrespiratória.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, por volta das 3 horas de domingo, um homem chamado André Luiz do Nascimento Soares e sua filha Samara Kiffini do Nascimento Soares procuraram atendimento no hospital devido a um corte no dedo dele, sem gravidade.
Sandra Lúcia era a única médica de plantão atendendo no local, que tem 4 andares com clínicas médicas e cirúrgicas, além de salas para pacientes graves e emergenciais.
Com a demora no atendimento, André e Samara se irritaram e começaram a depredar as instalações. Eles invadiram a área restrita, e André agrediu Sandra com um soco na boca. Ela precisou levar 5 pontos no seu lábio inferior.
Enquanto a confusão acontecia, Arlene, que estava internada em estado grave desde o dia 8 após um princípio de infarto, acabou sofrendo uma parada cardiorrespiratória e morreu.
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A médica afirmou em depoimento à polícia que, por volta das 4h, foi abordada por um homem que a xingou e gritou:
“Você vai ter que me atender! Se não me atender eu vou bater em você!”.
Ela também disse ter a impressão de que eles estava armado, pois estava com a mão direita atrás da bermuda. Além do soco, ela também recebeu chutes de André e Samara enquanto estava caída ao chão.
O caos no hospital foi gravado por testemunhas.
André e Samara foram presos e vão responder por homicídio doloso — quando há intenção de matar, além de lesão corporal, desacato e dano ao patrimônio público.
A filha de Arlene, Elaine Marques da Silva afirmou:
“Que tenha justiça. Não pode ficar impune, por causa de um corte no dedo ele leva a vida da minha mãe. Vendo isso num hospital que tem que ter segurança, ela tava lá pra ser cuidada”.