Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão pelo homicídio de sua filha Isabella, deverá iniciar o cumprimento de sua pena em regime aberto a partir de 6 de abril, podendo deixar a prisão. No ano passado, Nardoni solicitou a redução de sua pena, cumprida na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, com base nos dias trabalhados e na leitura de um livro durante sua detenção. O pedido foi deferido pela Justiça de São Paulo ainda em 2023.
Além disso, a juíza destaca que Nardoni dedicou 26 dias à leitura do livro “Carta ao Pai”, de Franz Kafka, apresentando uma resenha que foi considerada fiel pela equipe responsável. A leitura faz parte do programa “Lendo a Liberdade”.
O crime cometido por Nardoni ocorreu em 2008, resultando na morte de sua filha Isabella. Desde então, ele cumpre pena na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, em Tremembé, interior de São Paulo.
O regime aberto, para o qual Nardoni está prestes a transitar, implica no cumprimento da pena fora da prisão, permitindo o trabalho durante o dia e o recolhimento noturno em um endereço autorizado pela Justiça. Embora a legislação preveja o recolhimento em uma casa de albergado, modelo prisional que o estado de São Paulo não possui, na prática, os presos retornam para suas residências.
Para manter o benefício, Nardoni deve seguir diversas regras estabelecidas, como permanecer no endereço designado durante o repouso e nos dias de folga, cumprir horários para ir e voltar do trabalho, não se ausentar da cidade sem autorização judicial, e comparecer em juízo quando necessário.
O crime cometido por Nardoni, que resultou na morte de Isabella, comoveu o país em 2008. A menina de cinco anos foi arremessada do sexto andar de um apartamento na capital paulista. A Justiça considerou o ato como homicídio e não uma queda acidental, resultando na condenação de Nardoni a mais de 30 anos de prisão.
Atualmente, Nardoni está cumprindo pena no regime semiaberto, que permite saídas temporárias como parte do processo de ressocialização dos detentos.
*Com informações G1 e O GLOBO