No início do mês, a artista plástica Kawara Welch foi presa pela prática de stalking. Kawara estava obcecada por um médico, no qual realizava cerca de 500 ligações por dia e passava 1.300 mensagens, na esperança de viver relacionamento amoroso. O caso aconteceu em Ituiutaba, em Minas Gerais. O stalking é considerado crime desde 2021 e acontece quando uma pessoa persegue outra pessoalmente ou através de mensagens ou telefonemas.
Em depoimento, o médico que preferiu não ser identificado, revelou que Kawara o perseguia desde 2019. Ele diz que conheceu a mulher em 2018 e que, segundo ele, ela tinha depressão. Depois de outros dois atendimentos, Kawara procurou a clínica onde o médico também trabalha e foi então que a perseguição começou. Ao programa de TV Fantástico o médico revelou que a mulher enviava fotos perturbadoras.
“Ela teve acesso ao meu celular e começou a passar mensagens e fotos perturbadoras mesmo, amarrando lençol, corda no pescoço, se despedia de mim. Eu entrei em pânico”.
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Conforme o médico, a mulher mandava mensagens em tom de ameaça e ele decidiu não atendê-la mais. No hospital particular onde dava plantão, ele pedia para outra pessoa a atendesse.
“Ela chegou a me passar 1.300 mensagens em um dia. E mais de 500 ligações num único dia. Eu troquei de número de celular umas três ou quatro vezes, mas parei de trocar porque vi que era totalmente inútil. Ela tinha uma facilidade incrível em achar meu número novo”.
A stalker Kawara também realizava ligações insistentes para a esposa do profissional e para o filho dele. Além dos telefonemas e das mensagens, as investigações da polícia encontraram montagens feitas por Kawara em redes sociais para dar a impressão de que os dois tinham um caso.
O médico também contou que ela começou a persegui-lo nas ruas, no momento em que ele chegava ao trabalho e a um congresso de medicina. Ele conta que em 2022, Kawara invadiu o consultório onde uma paciente era atendida, e houve troca de agressões com a mulher dele. Um ano depois, mais um ataque no mesmo local, com xingamentos e até acusação de roubo.
Kawara foi presa em flagrante e ficou apenas uma semana detida. Pagou fiança de R$ 3,5 mil e passou a responder ao processo em liberdade.Em março de 2023, a Justiça determinou a prisão preventiva dela por voltar a descumprir as medidas cautelares.
Kawara ficou mais de um ano foragida até ser presa na semana passada, numa faculdade em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde estudava nutrição.
*Com informações do Metrópoles