Mulher que agrediu comerciante judia na BA se diz arrependida: "Peço desculpas"

A chilena Ana Maria Leiva Blanco, que protagonizou um episódio de agressão e antissemitismo contra a lojista judia Herta Breslauer em Arraial d’Ajuda, Porto Seguro (BA), na sexta-feira (2/2), se pronunciou publicamente ao dar uma entrevista ao programa Fantástico da Rede Globo. As imagens da agressão viralizaram nas redes sociais nos últimos dias.

Breslauer disse que foi agredida dentro de sua loja. Ana Maria entrou no estabelecimento, agrediu a dona da loja e destruiu mercadorias do local, segundo a comerciante judia.

Veja no vídeo abaixo:

VÍDEO: Lojista judia é agredida na Bahia, e aponta caso de antissemitismo

Segundo Herta, as duas se conhecem: a chilena é amiga de infância de seu filho. A vítima afirmou que, desde o início do conflito entre Israel e Hamas, Ana Maria passou a compartilhar mensagens antissemitas e contrárias a Israel. Com isso, Herta decidiu bloqueá-la nas redes sociais. A chilena teria ido à loja da comerciante judia naquele dia para enfrentá-la.

Ana Maria afirmou ao Fantástico que é apoiadora da causa palestina e que foi chamada de “terrorista” por Herta. Ela disse também que se arrepende:

“Eu me arrependo muito. Isso aqui não tem nada a ver com intolerância religiosa, tem a ver com uma coisa política. Ela pensa de um jeito eu penso de outro, e ela quer que eu pense do jeito dela. Se alguma pessoa do povo judeu se sentiu ofendida com as minhas palavras, eu peço desculpa”.

A chilena também disse fazer uso de remédios controlados e que teve um surto ao entrar na loja de Herta.

A Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública da Bahia investigam o caso. Ana Maria deve responder por dano qualificado, lesão corporal e injúria racial.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Sociedade Israelita da Bahia emitiram uma nota de repúdio sobre o episódio: “Uma agressão covarde, antissemita, que deve ser investigada como crime de ódio e seguir o seu devido processo legal. A Conib vem pedindo moderação e equilíbrio às nossas lideranças para não importarmos o trágico conflito em curso no Oriente Médio”, afirmam as entidades.

*Com informações de Metrópoles

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