Em nota divulgada nesta quinta-feira (13), o Ministério Público Federal (MPF) do Pará afirma que o órgão não recebeu, nos últimos 30 anos, nenhuma denúncia sobre tráfico de crianças na Ilha do Marajó que tivesse semelhanças com os casos de tortura citados pela ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF). No último fim de semana, ela relatou supostos casos de violência sexual contra crianças na ilha paraense.
O órgão informou que, em três inquéritos civis e um inquérito policial instaurados a partir de denúncias sobre supostos casos de tráfico internacional de crianças que teriam ocorrido desde 1992 no arquipélago do Marajó, no Pará, não há nenhuma informação com teor parecido às torturas citadas por Damares.
Além disso, o MPF disse que os relatos que não tratam de tráfico infantil foram encaminhados ao Ministério Público do Estado do Pará (MPPA). Ontem, o órgão pediu ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos que compartilhasse as denúncias referentes às falas de Damares e que os crimes sejam investigados.
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O MPF do Pará disse estar aguardando informações da pasta à qual a senadora eleita pertenceu. “Até o início da tarde desta quinta-feira o Ministério não havia apresentado resposta”, afirmou.
Em nota ao UOL, a Polícia Civil do Pará disse ontem não ter “nenhum registro referente aos modos de atuação descritos pela ex-ministra” e encaminhou “ofício solicitando documentos e mídias citadas” por Damares para iniciar “de forma urgente investigação sobre os fatos relatados.
Via UOL