O Ministério Público Federal pediu hoje, 15, o afastamento do diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, por 90 dias. O órgão também pediu a condenação de Vasques por improbidade administrativa.
Em seu pedido, o MPF argumenta que o diretor fez uso indevido do cargo e listou situações durante a campanha eleitoral na qual ele pediu votos de maneira irregular para o presidente Jair Bolsonaro.
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O pedido lembra, inclusive, do post de Vasques nas redes sociais na véspera do segundo turno da eleição, pedindo votos para Bolsonaro. O post foi posteriormente apagado.
A conduta do diretor da PRF e da própria instituição no dia do segundo turno atraiu controvérsia. A despeito de determinação contrária do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a PRF promoveu diversas blitzes em estradas e parou ônibus que realizavam transporte de eleitores, especialmente em estados do Nordeste. Naquele mesmo dia, o presidente do TSE Alexandre de Moraes determinou a suspensão imediata dessas operações e intimou Silvinei Vasques.
A conduta de Vasques diante dos bloqueios de rodovias promovidos por manifestantes depois da derrota do presidente Bolsonaro também é investigada. O MPF aponta que há indício de omissão da PRF por motivos políticos. A Polícia Federal também abriu inquérito contra Vasques.