Na manhã deste sábado (14/12), o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) se pronunciou sobre a prisão do general da reserva, Walter Braga Netto, pela Polícia Federal.
Braga Netto foi preso em sua casa, localizada no Rio de Janeiro, sob a acusação de obstrução de Justiça. Para Mourão, Braga saiu em defesa alegando que o general da reserva não apresenta risco para a ordem pública.
“General Braga Netto não representa nenhum risco para a ordem pública e a sua prisão nada mais é do que uma nova página no atropelo das normas legais a que o Brasil está submetido”, escreveu em seu perfil no X, antigo Twitter.
Operação da PF
Foram cumpridos mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em face de investigados no inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito em 2022.
Dentre as ações da PF estão: um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão “contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal”. Com isso, as medidas judiciais querem evitar a reiteração das ações ilícitas.
Além de Braga Netto, também foi cumprido o mandato contra ex-assessor do general, em Brasília, coronel Pereguino.
O que Braga Neto diz sobre isso?
Em comunicado emitido no início do mês, a defesa do general, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo Jair Bolsonaro (PL), declarou que ele “não tomou conhecimento de documento que tratou de suposto golpe e muito menos do planejamento de assassinato de alguém“.
O militar havia sido indiciado pela Polícia Federal em novembro. A PF atribuiu ao general os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Somadas, as penas máximas previstas chegam a 28 anos de prisão.
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Investigação
Braga Netto é apontado pela PF como figura central na tentativa de golpe. O relatório do inquérito da corporação afirma que “os elementos probatórios obtidos ao longo da investigação evidenciam a sua participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do estado democrático de direito, inclusive na tentativa de embaraçamento e obstrução do presente procedimento”.
*Com informações do Correio Braziliense.