O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou emergência fitossanitária nos Estados do Amazonas, Amapá, Pará e em Roraima devido à presença da mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae). A medida foi publicada nesta segunda-feira (13) no Diário Oficial da União, vale por um ano e visa controlar o risco de a espécie se espalhar por outros estados, permitindo monitoramento, contenção e controle da ameaça.
Em nota, o Ministério esclareceu que as medidas e diretrizes que serão adotadas para enfrentar a situação serão indicadas pelo ministro Carlos Fávaro. A pasta ainda informou que ações como a delimitação da área sob quarentena no Pará e a revisão do protocolo de controle, já estão sendo tomadas. No momento a praga só foi encontrada no Amapá, no Pará e em Roraima.
Em abril, no estado de Roraima, uma portaria declarou quarentena e o trânsito de frutos que são hospedeiros da praga foi proibido. Já no Pará, foram detectados novos focos da praga em Oriximiná e Terra Santa. Conforme o MAPA, esses locais são de intenso fluxo de pessoas, o que causou “iminente risco” da dispersão da mosca-da-carambola.
No Amazonas, não foi registrada ocorrência envolvendo a praga, mas o Estado entrou em condição de emergência por focos encontrados próximos da fronteira com o Pará em decorrência do fluxo de viajantes que vêm de Roraima.
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Mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae)
Nativa da Indonésia, Malásia e Tailândia, a espécie foi detectada pela primeira vez no Brasil em 1996, no Amapá. A mosca-da-carambola representa uma grande ameaça à agricultura do país devido aos riscos à saúde humana, à produção de alimentos saudáveis e consequentes danos econômicos que essa praga pode causar, principalmente, à fruticultura.
Ao se alimentar de um fruto, a mosca-da-carambola deposita larvas que se tornam hospedeiras e aceleram o processo de amadurecimento e queda do fruto já estragado. Além da carambola, de maior preferência, a praga também pode atacar outras frutas, como goiaba, manga, jambo, acerola e tangerina, tornando os frutos inviáveis para consumo humano e aumentando o custo da produção por causa das medidas de combate.
Apesar do nome, a mosca-da-carambola ataca também outras frutas, como goiaba, acerola, tangerina, caju e pitanga.