Nesta quarta, 1º de novembro, policiais do Comando Militar do Sudeste encontraram duas metralhadoras .50 pertencentes ao lote de armas que foram roubadas do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri (SP). O roubo aconteceu no feriado de 7 de setembro e desde que foi revelado, em outubro, motivou uma investigação do Exército que já levou à prisão de seis militares.
As duas metralhadoras foram encontradas na zona oeste do Rio de Janeiro, dentro de um carro. O veículo pertence a Jesser Marques Fidelix, apontado como fornecedor de armas e drogas para as organizações criminosas do Rio, entre elas o Comando Vermelho. Ele é do Espírito Santo, mora em São Paulo e era monitorado pela Polícia Civil desde segunda-feira (30/10).
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que o deslocamento das armas pelos criminosos estava sendo monitorado.
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Com essa nova recuperação, a Polícia conseguiu recuperar 19 das 21 armas que desapareceram do arsenal. Dez delas foram encontradas no Rio de Janeiro.
As metralhadoras calibre .50 são capazes de derrubar aeronaves. O objetivo dos militares que as furtaram era de negociar a venda das armas com facções criminosas do RJ.
Homens do Exército e do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar realizaram, na manhã desta quarta-feira (1º/11), nova operação em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, à procura das duas armas ainda não recuperadas. A operação não teve resultado. No dia anterior, outra busca semelhante já tinha sido realizada, também sem frutos. Porém, os policiais informaram que essa operação resultou em pistas que ajudaram a recuperar as metralhadoras encontradas hoje.