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Meta suspende recursos do uso de inteligência artificial generativa no Brasil

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Nesta quarta-feira (17/07), a Meta, proprietária do Instagram, do Facebook e WhatsApp, informou que interrompeu no Brasil os recursos de inteligência artificial generativa (ou genAI). O termo se refere às ferramentas capazes de criar conteúdos, como acontece com o ChatGPT, criado pela OpenAI.

A decisão foi tomada pela Meta após as Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), ligada ao governo federal, determinar que a empresa interrompessem a coleta de dados de usuários para treinar sua inteligência artificial.

“Decidimos suspender ferramentas de genAI que estavam ativas no Brasil enquanto engajamos com a ANPD para endereçar suas perguntas sobre IA generativa”, disse a Meta, em nota.

A IA generativa é uma área da inteligência artificial usada para desenvolver ferramentas capazes de criar textos, imagens, vídeos, músicas e códigos de programação, por exemplo.

A Meta usou por um breve período de tempo a IA generativa para criar figurinhas do WhatsApp. Os usuários, podiam criar figurinhas e ícones através de uma breve descrição. Este recurso não está disponível no momento.


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Mark Zuckerberg, proprietário da Meta, planejava liberar esse mês de julho no Brasil a MAI, assistente de inteligência artificial integrada aos aplicativos WhatsApp, Instagram, Facebook e Messenger. Ela pode conversar com usuários, gerar imagens, criar textos e responder perguntas.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), enviou um ofício questionando a empresa sobre o uso de dados pessoaIs de brasileiros para treinar a IA da empresa. Segundo o documento, há indícios até de uso de dados em conteúdo com caráter de desinformação, o que despreza “a soberania legislativa do Brasil”.

O ofício é da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que faz parte do MJSP. No início do mês, no dia (2/07), a pasta determinou que a Meta interrompesse, no mesmo instante, a nova política de privacidade da companhia, que usa dados pessoais dos usuários no treinamento de IA generativa. Os dados seriam usados para compor banco de dados usados pelas IAs para gerar respostas automatizadas.

No novo documento enviado para a Meta, a Secretaria afirma que a relação jurídica entre a empresa e os usuários é uma relação de consumo, então, deve ser aplicado o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Em nota, a Meta afirmou estar desapontada com a decisão da ANPD. “Treinamento de IA não é algo único dos nossos serviços, e somos mais transparentes do que muitos participantes nessa indústria que têm usado conteúdos públicos para treinar seus modelos e produtos”, disse a empresa.

A Meta ainda ressaltou aoMetrópoles que a abordagem cumpre com as leis de privacidade e regulações no Brasil. “Isso é um retrocesso para a inovação e a competitividade no desenvolvimento de IA, e atrasa a chegada de benefícios da IA para as pessoas no Brasil”, ressaltou a Meta.

*Com informações do Metrópoles

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