14 anos após a morte do estilista Clodovil Hernandes, surge a possibilidade de demolição da mansão que ele construiu em Ubatuba, no litoral Norte de São Paulo. A promotoria da cidade, representando o MP-SP (Ministério Público de São Paulo), moveu uma ação solicitando a demolição da edificação devido à sua localização em área de proteção ambiental.
A casa, situada entre as praias do Meio e do Léo, abrange 20 cômodos em uma área de 4.300 metros quadrados, mas lamentavelmente encontra-se em estado de deterioração devido ao abandono.
Em decorrência de dívidas deixadas pelo estilista, que além de sua carreira na moda foi apresentador e político (deputado federal) até seu falecimento em 2009, sua propriedade, inicialmente avaliada em R$ 1,6 milhão, foi leiloada pela 4ª Vara da Família e Sucessões de São Paulo. Mesmo após ser arrematada por R$ 750 mil em 2018, durante um segundo leilão, a mansão permanece envolvida em uma disputa judicial desde o primeiro leilão, ocorrido em 2017.
A arrematante solicitou a anulação do pregão, alegando a falta de menção, no edital, à localização do imóvel em área de preservação ambiental. Sustentou que essa condição limita a plena utilização da mansão. Apesar do depósito do valor da arrematação em conta judicial, a Justiça recusou a devolução, determinando a transferência da propriedade à compradora.
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Em 2016, o Ministério Público obteve judicialmente a demolição parcial da mansão de Clodovil devido à invasão de uma área de preservação permanente. Foram removidos o canil, parte da cozinha e a suíte. Atualmente, a promotoria busca a demolição total da construção, visando a recuperação integral da área comprometida.
O escritório Queiroz Prado confirmou o pedido, já contestado e aguardando decisão judicial. A residência, apesar do abandono, mantém curiosidades, como paisagismo orientado pelo estilista e uma capela em homenagem à mãe. Destaca-se ainda um vaso sanitário ao ar livre, próximo a uma jacuzzi.
Quem foi Clodovil
Clodovil nasceu em Elisiário, no interior de São Paulo (antigo distrito de Catanduva), e fez sucesso na alta-costura na capital paulista. Depois de se tornar apresentador de TV, ele entrou na política. Em 2006, o estilista foi eleito deputado federal com a maior votação de São Paulo. Seu mandato iria até 2011. Ele morreu no dia 7 de março de 2009, aos 71 anos, após sofrer um acidente vascular cerebral.
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