A Justiça do RJ mandou soltar Érika Souza, a mulher que levou um idoso morto, o seu tio Paulo, a uma agência bancária para tentar conseguir um empréstimo, em abril último. Porém, ela continuará respondendo pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver.
A decisão judicial foi promulgada nesta quinta (2/5). A juíza Luciana Mocco, titular da 2ª Vara Criminal de Bangu, recebeu a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o que tornou Érika ré. A magistrada, porém, atendeu a um pedido da defesa da sobrinha e revogou a prisão preventiva. Érika, então, vai responder ao processo em liberdade. Ela estava presa desde o dia 16 de abril.
Ela terá de cumprir as seguintes medidas cautelares:
- Comparecimento mensal ao cartório do juízo, para informar e justificar suas atividades ou eventual alteração de endereço. Neste caso, o novo endereço deverá ser informado antes da mudança, sob pena de decretação de nova prisão;
- Se houver necessidade de internação para tratamento da saúde mental, um laudo médico deverá ser apresentado;
- Proibição de ausentar-se da Comarca por prazo superior a 7 dias, salvo mediante expressa autorização do juízo.
A sobrinha também passou a ser investigada, em um outro inquérito, por homicídio culposo – quando não há a intenção de matar. Mas esse processo está em andamento na Polícia Civil, que ainda decidirá se indicia Érika por esse crime.
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Relembre o caso
Em 16/4, Érika levou Paulo à agência bancária e tentou fazê-lo assinar o empréstimo, mesmo sem ele apresentar reação e com a cabeça pendente. O caso ganhou repercussão nacional após ser divulgado o vídeo, gravado por atendentes do banco. Após suspeitarem da atitude da mulher e da condição do homem, os funcionários chamaram a polícia e ela foi presa em flagrante. O Samu constatou no local a morte de Paulo.
Reveja a cena:
📌Mulher leva morto em cadeira de rodas para sacar empréstimo de R$ 17 mil no RJ pic.twitter.com/UQjPXzT4z9
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) April 17, 2024
Laudo do IML foi inconclusivo a respeito da morte de Paulo: Não foi possível afirmar com certeza se ele morreu na agência ou se foi levado até lá morto. Indícios de livores cadavéricos averiguados pelo pessoal do Samu presente no local sugerem que ele poderia ter morrido deitado, antes de chegar ao banco.
*Com informações de G1