O Ministério Público do Paraná divulgou nesta segunda, 11, que decretou a prisão preventiva de Jorge Guaranho, o agente penitenciário que matou a tiros o guarda municipal Marcelo Arruda no último sábado, em Foz do Iguaçu. Arruda estava comemorando aniversário com a família e amigos numa festa temática do Partido dos Trabalhadores – ele era tesoureiro do PT – quando Guaranho, que é apoiador do presidente Jair Bolsonaro, entrou na festa sem ser convidado e disparou contra o aniversariante.
Em entrevista coletiva, o promotor Tiago Lisboa disse que o juiz plantonista aceitou o pedido de conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva na noite de ontem. Guaranho se encontra hospitalizado em estado grave, mas estável, e está sob custódia da polícia e protegido por escolta, segundo Lisboa.
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A festa temática de Arruda mostrava bandeiras do PT e uma foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o boletim de ocorrência, Guaranho se desentendeu com Arruda ainda no estacionamento do local, saiu e retornou armado à festa. Ele teria gritado “Aqui é Bolsonaro” antes de abrir fogo contra o guarda. Arruda, que pegou sua arma após o desentendimento no estacionamento, retornou fogo e atingiu Guaranho.
Arruda foi velado na tarde de hoje em cerimônia que contou com centenas de pessoas. Em suas redes sociais, Lula lamentou o assassinato do guarda municipal. Já Bolsonaro disse hoje, na entrada do Palácio do Planalto, que não tem nada a ver com o incidente, que é contra violência e que o histórico de violência é da esquerda.