A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, arquivou ação contra o cantor Gusttavo Lima e mandou restituir todos os bens do artista que tenham sido apreendidos no âmbito da Operação Integration. Ela determinou também a retirada da restrição das embarcações, tanto de Lima quanto dos sócios da casa de apostas Vaidebet.
A Polícia Federal será comunicada de que não existe mais nenhuma restrição cautelar de deslocamento de nenhum dos demais investigados, como José André da Rocha Neto, Aislla Sabrina Truta, Thiago Lima Rocha e Rayssa Ferreira Santana Rocha. Já Gusttavo Lima nunca teve qualquer restrição de viajar ou o passaporte apreendido.
O cantor foi investigado por um suposto esquema de lavagem de dinheiro e associação criminosa. No entanto, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) entendeu não haver indícios suficientes para a denúncia e solicitou o arquivamento da investigação em relação à compra e venda de um avião.
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O MP justificou que o indiciamento do sertanejo ocorreu em razão de transferências das empresas Zelu Brasil Facilitadora de Pagamento e Pix 365 Soluções Tecnológicas (Vai de Bet) à GSA Empreendimentos e Participações, de Gusttavo Lima, porém sem indicação de uma suposta lavagem de dinheiro.
De acordo com o documento do MP, “a realização desses negócios, todos documentados e com as respectivas movimentações bancárias registradas, a toda evidência, não demonstram a prática de crimes de lavagem de dinheiro pelo investigado Nivaldo Batista Lima (Gusttavo Lima)”.
Entenda o caso
A Operação Integration foi deflagrada em setembro de 2024, com o objetivo de apurar suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo bets. É a mesma operação pela qual também foi presa a influenciadora digital Deolane Bezerra.
Lima começou a ser investigado após sua empresa ter vendido um avião para a Esportes da Sorte, que o devolveu pouco depois, alegando problema na turbina. A aeronave foi posteriormente vendida de novo para os proprietários da Vaidebet.
Há pouco mais de um mês, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPPE já havia emitido um parecer indicando fragilidades nas acusações apresentadas pela Polícia Civil de Pernambuco.
Segundo o órgão, não havia evidências suficientes para sustentar uma denúncia contra o cantor.
*Com informações do Metrópoles e Folha de S. Paulo.