Além das redes sociais, o debate sobre o fim da escala de trabalho 6×1 também movimentou ministros e integrantes da base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a se manifestarem publicamente sobre o tema. Em meio à pressão, auxiliares do chefe do Executivo endossaram a ideia de redução de jornada.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, defendeu a PEC. “Toda iniciativa que tem por objetivo melhorar as condições de trabalho e a vida da classe trabalhadora terá sempre nosso apoio. Se eu estivesse na Câmara, já teria assinado a PEC”, disse.
Também reforçaram o apoio ao texto os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Anielle Franco (Igualdade Racial). A ministra afirmou que a discussão sobre o fim da jornada 6×1 é uma “agenda legítima”. “Lembro de quando ingressei no mercado de trabalho e das incontáveis horas de escala, sem tempo de respiro e qualidade de vida”, escreveu Anielle no X. “Descanso digno traz qualidade de trabalho e melhoria de vida”, complementou.
Já Geraldo Alckmin, vice-presidente e titular do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, foi mais cauteloso. Em viagem ao Azerbaijão, para a COP29, o ministro disse que a redução das jornadas de trabalho é “tendência no mundo inteiro”, mas ponderou que, no Brasil, a discussão está sob responsabilidade do Congresso.
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Internautas têm cobrado o apoio de parlamentares ao projeto, e o movimento se intensificou no último fim de semana.
O debate gira em torno da proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa alterar a escala 6×1 — seis dias de trabalho e um de folga –, apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSol-SP).
*Com informações de Metrópoles