Após onze dias de um mistério que ainda gera muitos questionamentos, o grupo de indígenas Yanomami, que desapareceu na comunidade de Aracaçá, em Roraima, foi localizados em uma área distante da comunidade.
Veja mais:
Tony Medeiros apresenta PL que determina pedido de desculpas por extermínio de indígenas
Líder ianomami denuncia estupro e morte de menina de 12 anos por garimpeiros
A informação foi dada pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi), Júnior Hekurari Yanomami, na manhã desta sexta-feira (6), conforme noticiou o jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a liderança indígena, o grupo foi localizado na presença de garimpeiros em uma área distante da comunidade de Aracaçá. A localização onde os indígenas se encontram, no entanto, não foi informada.
PF não vê indícios de crime
Em coletiva realizada nesta sexta-feira (06), na Superintendência da Polícia Federal em Roraima, o delegado responsável pelo caso, Daniel Ramos, reiterou que as investigações até o momento não apontam indícios de qualquer crime cometido contra os habitantes da Terra Indígena Yanomami.
Segundo o delegado, o inquérito ainda não foi encerrado e no momento a PF espera o resultado do laudo das cinzas coletadas em uma cabana encontrada queimada pelos oficiais que estiveram no local após denúncia.
“Posso assegurar que a investigação segue para que esse fato não ocorreu”, afirmou o delegado
De acordo com a PF, a denúncia se trataria de um mal entendido que teria começado com uma liderança indígena que teria interpretado erroneamente um comentário de um servidor da Funai a cerca de um relatório recém-divulgado sobre a situação da Terra Indígena.
Ao todo, teriam sido ouvidos onze indígenas e o servidor da Funai, o que levou os oficiais a tal conclusão.