O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (25), dados do módulo Teletrabalho e Trabalho por Meio de Plataformas Digitais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Eles indicam a situação atual da população empregada no setor privado no Brasil.
Segundo a pesquisa, a população ocupada de 14 anos ou mais de idade no setor privado – sem incluir empregados no setor público e militares – foi estimada em 87,2 milhões de pessoas no quarto trimestre do ano passado.
Destes, 2,1 milhões trabalham por meio das plataformas digitais, ou seja, os aplicativos de serviço, ou obtinham clientes e vendas por meio de comércio eletrônico, tendo como essas as suas ocupações principais.
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Deste total, 1,5 milhão mil pessoas – ou 1,7% da população ocupada no setor privado – usavam aplicativos de serviços e 628 mil as plataformas de comércio eletrônico.
O trabalho por meio de aplicativos de transporte de passageiros foi o que reuniu mais trabalhadores: 67,3% do total. Em segundo lugar, aparecem os aplicativos de alojamento e alimentação, com 16,7% dos trabalhadores.
A região com maior percentual de trabalhadores “plataformizados” foi o Sudeste (2,2%), com 57,9% do total, ou 862 mil pessoas, conforme denomina o IBGE.
Os homens (81,3%) foram a maioria dos trabalhadores plataformizados. As mulheres aparecem com o percentual de 18,7%.
Em termos de idade, quase a metade (48,4%) dos trabalhadores de plataformas digitais estavam no grupo de 25 a 39.
Em termos de escolaridade, os plataformizados concentravam-se nos níveis intermediários de escolaridade, com preponderância no nível médio completo ou superior incompleto (61,3%).
No quesito rendimentos, os trabalhadores plataformizados tinham, no 4º trimestre de 2022, rendimento 5,4% maior (R$ 2.645) que o rendimento médio do total de ocupados (R$ 2.513). Na mesma comparação, eram os que trabalhavam mais horas semanais: 46h contra 39,6h.
E no 4º trimestre de 2022, apenas 35,7% dos plataformizados eram contribuintes da previdência, enquanto entre os ocupados no setor privado eram 60,8%, o que indica a preponderância da informalidade.
