
Homem é morto a tiros por bolsonarista durante festa com tema do PT

Em Foz do Iguaçu, um guarda municipal, identificado como Marcelo Arruda, foi assassinado durante sua festa de aniversário de 50 anos, que aconteceu na noite deste sábado 9.
A festa foi realizada na Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi), e possuía temas vinculados ao PT e à candidatura Lula, com cantos e vivas ao ex-presidente. A festa reunia cerca de 40 convidados.
Segundo relatos, 20 minutos antes do assassinato, Jorge José da Rocha Guaranho, da Polícia Penal Federal (PPH), parou com o carro em frente ao local da festa gritando “é Bolsonaro, seus filhos da p****”. Ele estava com sua esposa e filha no carro.
Quando Marcelo Arruda saiu da festa para ver o que acontecia, o assassino apontou o revólver, enquanto a mulher de Jorge gritava, “para com isso, vamos embora”. Ele deixou o local em seguida, prometendo voltar para matar os presentes na festa.
o aniversariante Marcelo foi até seu carro e pegou seu revólver funcional, e afirmou que era uma forma de se proteger, caso o homem voltasse.
Minutos depois, o agente penitenciário chegou atirando no guarda municipal. O primeiro tiro foi na perna de Marcelo Arruda, que caiu. O policial penal federal aproximou-se e deu outro tiro nas costas, em seguida conseguiu virar-se e deu cinco tiros no bolsonarista.
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Marcelo havia sido candidato a vice-prefeito da cidade pelo PT em 2020, era diretor do Sindicato de Servidores Públicos do município e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu. Era casado e pai de quatro filhos, entre eles um bebê de 1 mês.
A direção do PT nacional, emitiu uma nota lamentando a morte de Marcelo Arruda.
“Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política, e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade. Iniciativas nesse sentido foram devidamente apontadas pelo PT em várias oportunidades, junto ao Congresso Nacional, o Ministério Público e o Poder Judiciário”, diz a nota.