A ministra da Sáude, Nísia Trindade, afirmou na quarta-feira (7/2) que o governo “não pode vender uma ilusão” de que a vacinação contra a dengue, prevista para começar nos próximos dias, terá impacto no atual surto da doença no país.
A vacinação contra a dengue está prevista para começar nos próximos dias no país. No entanto, por causa da quantidade reduzida do imunizante Qdenga, de fabricação japonesa, a pasta estabeleceu grupos prioritários para receber a vacina, e só em regiões específicas do Brasil.
Nísia afirmou:
“A vacina não deve ser vista como um instrumento mágico. Porque precisa de duas doses, é um intervalo de três meses e, como todos sabem, [temos] uma oferta do laboratório limitada de doses”.
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Ela continuou:
“Temos que olhar essa vacina de forma diferente. A mensagem, agora, é controle de vetores [o mosquito Aedes aegypti] e cuidado. Ela [a vacina] terá um impacto restrito para esses surtos. Observa-se, então, três meses de intervalo. A gente não pode vender uma ilusão”.
Neste começo de 2024, a dengue se tornou um problema sério de saúde, com vários estados brasileiros experimentando alta de casos e mortes já confirmadas. O país registrou 364.855 casos prováveis de dengue até esta quarta-feira (7/2), além de 40 óbitos pela doença confirmados e 265 em investigação.
O laboratório japonês Takeda, fabricante da vacina, ofereceu um número reduzido de doses para compra pelo governo federal — um total de 5,2 milhões, capazes de imunizar 3,2 milhões de pessoas.
*Com informações de Metrópoles