Na tarde de ontem, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) convocou a imprensa manauara para prestar esclarecimentos a respeito da Operação Enxurrada da Polícia Federal, deflagrada na manhã de ontem e que cumpriu mandados de busca e apreensão nos estados do Amazonas, Goiás e no Distrito Federal.
A operação é resultado de investigações a respeito de fraudes em licitação para fornecimento de água mineral a cidades afetadas pela cheia no Amazonas em 2017, e as irregularidades foram detectadas em auditoria realizada pela Controladoria Geral da União (CGU) no contrato para fornecimento de água mineral à Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
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O superintendente da Funasa, Wenderson Monteiro, fez questão de esclarecer à imprensa de que embora a ideia da compra da água mineral tenha partido do órgão, a Funasa apenas recepcionou o fornecimento e o encaminhou à Defesa Civil para distribuição. Segundo Monteiro, o órgão não esteve envolvido no processo da compra da água, sob suspeita de fraude em sua licitação.
Monteiro também afirmou que apenas um servidor da Funasa foi ouvido em relação à operação: de acordo com o superintendente, Francisco de Assis Lima se apresentou à PF, prestou depoimento e foi em seguida liberado. Ele foi fiscal do contrato investigado e teve o celular apreendido pela PF.
A Funasa também esclareceu que é testemunha da Operação Enxurrada, e não investigada. Em nota divulgada pelo órgão, a Superintendência da Funasa afirma que “tem dado suporte total às investigações, sendo inclusive denunciante de irregularidades encontradas”.